De acordo com o relato do jovem, de 19 anos, a violência provocou dores e vômito de sangue; veja o que disse o Exército
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Foto: Arquivo pessoal |
Um soldado do Exército registrou boletim de ocorrência relatando ter sofrido agressões em um quartel em Barueri, após perder a fivela do cinto do uniforme.
O caso aconteceu em 11 de março, duas semanas depois da formatura do soldado na corporação.
De acordo com o relato do jovem, de 19 anos, a violência provocou dores e vômito de sangue.
Em entrevista à TV Globo, o soldado disse que tudo começou em 10 de março, quando informou a um oficial que havia perdido a fivela, peça fornecida pelo almoxarifado, ao receber o novo uniforme.
Em seguida, ele teria sido levado para uma sala sem iluminação, câmeras ou janelas. No local, conta que foi forçado a fazer flexões enquanto recebia chutes e era questionado sobre "quanto custava" a fivela.
"Nesse dia aconteceu a troca de farda. Eu entrei no almoxarifado, na parte que tinha lá na salinha e que estava o tenente. Ele pegou os tamanhos da roupa. Quando fui para dentro do almoxarifado mesmo, onde ficavam as roupas, eles pediram para eu bater continência três vezes para eles. Começaram a falar assim: ‘A gente vai jogar farda, e você pega'. Aí eles começaram a jogar a farda e batia na cabeça, nas costas. Não estavam nem aí", relatou.
Tortura
O advogado do soldado afirmou que seu cliente “viveu dias de tortura no alojamento do Exército, o qual se apresentou para cumprir um dever cívico”. “Sofreu agressões físicas e psicológicas que deixaram sequelas para o resto da vida", afirmou Eduardo Lemos Barbosa.
O que diz o Exército
Em nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que instaurou uma sindicância para apurar o caso.
"O Centro de Comunicação Social do Exército esclarece que durante o expediente do dia 12 de março de 2025, o Soldado Valdir de Oliveira Franco Filho apresentou um mal-estar e, prontamente, foi encaminhado ao Posto Médico do Arsenal de Guerra de São Paulo e, em seguida, foi transferido para o Serviço de Assistência Médica de Barueri (SAMEB), onde recebeu atendimento, recebeu alta e retornou à Organização Militar."