Ao Cotia e Cia, Sabesp disse que a água está dentro dos padrões, porém, um problema pode ter acontecido; entenda
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Foto: Pexels / Imagem ilustrativa |
Por Daniel Harzer e Neto Rossi
“Percebi desde o início do ano, porém, de dois meses para cá, piorou muito. A água tem um gosto muito forte de barro, até os alimentos cozidos ficam com o gosto de barro. E, na hora do banho, a água exala o cheiro de terra", relata a moradora Paola Moura.
Em um grupo de WhatsApp, os moradores do bairro Outeiro de Passárgada relatam com frequência o problema que vêm enfrentando. “Na [rua] Albânia também está com gosto horrível a água, há quase dois meses” [...] “só para saber que não é pontual. Neste caso, um bairro inteiro” [...] “gosto de barro. Já lavamos a caixa e nada de melhorar. Sem condições de uso”, disseram.
Diante da situação, não restou alternativa, a não ser comprar água mineral. “Há dois meses temos que comprar água para tudo, cozinhar, um simples suco e principalmente para beber. Na minha residência tem filtro, porém, a água - mesmo filtrada - continua com o gosto de barro”, descreve Paola.
O QUE DIZ A SABESP
Procurada pela reportagem, a Sabesp informou que a água fornecida aos moradores “está dentro dos padrões para consumo e atende aos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde”.
A Companhia disse que monitora todo o processo de captação e produção de água, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e faz análises em uma rede de laboratórios certificada. “São mais de 3 milhões de análises por ano”, pontua.
A Sabesp informou ainda que identificou uma proliferação de algas no manancial Alto Cotia, “que é natural e pode ocorrer em qualquer represa”. “A Sabesp imediatamente ajustou seus processos operacionais para garantir a qualidade da água fornecida e a manteve dentro dos padrões. A empresa está investigando a causa da proliferação”, conclui.