Paciente de 29 anos teve contato com um familiar que esteve no Congo, país que enfrenta a doença; veja as medidas tomadas pelos governos estadual e federal
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Foto: Governo de SP |
O Governo de SP discutiu nessa terça-feira (11) o enfrentamento ao vírus da Mpox com equipes de vigilância em saúde municipais, o Hospital Emílio Ribas e o Ministério da Saúde (MS).
Na reunião, as equipes da Secretaria de Saúde do Estado (SES-SP) destacaram o monitoramento e a assistência ao primeiro caso confirmado da nova cepa clado IB da doença em território paulista.
Segundo a pasta, a paciente, uma mulher de 29 anos que mora na Grande São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença. A cidade em que a paciente reside não foi divulgada.
A cepa é chamada de clado 1b e tem um comportamento mais agressivo do que o clado 2b, que causou um surto global em 2022. A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a mpox uma emergência de saúde pública de interesse internacional em maio daquele ano e em agosto de 2024.
“A vigilância e a rede de assistência do Estado de São Paulo estão preparadas para o atendimento e monitoramento desses casos, além de reforçar a importância de procurar um serviço de atendimento diante dos primeiros sinais e sintomas da doença”, reforçou a coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES, Regiane de Paula.
CASOS EM SP
Desde o primeiro caso de Mpox em 2022, a SES monitora o cenário epidemiológico da doença em todo o estado. A secretaria destaca que todas as unidades de saúde estaduais seguem protocolos técnicos de vigilância, testagem e acompanhamento de casos para garantir uma resposta rápida e eficaz à doença. Como referência no atendimento de casos da Mpox, o Governo de SP conta com o Hospital Emílio Ribas.
Em 2024, foram registrados 1.126 casos de Mpox no estado de São Paulo, sem nenhum óbito associado à doença. Neste ano, até esta terça-feira (11), 121 casos foram confirmados. Os dados atualizados sobre a Mpox estão disponíveis no portal do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde.
SOBRE O 1º CASO DA NOVA CEPA EM SP
O Ministério da Saúde afirmou que o caso da nova cepa 1b da mpox em São Paulo foi confirmado em laboratório, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo ao de casos detectados em outros países.
Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde já foi informada sobre o caso. Disse, também, que solicitou às autoridades de saúde de São Paulo o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.
Transmissão
A transmissão de Mpox entre seres humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal próximo com lesões na pele, fluidos corporais, sangue ou mucosas de pessoas infectadas. O compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos ou materiais de lesões infectantes também pode transmitir a doença.
Em caso de suspeita, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para avaliação. Se o diagnóstico for confirmado, a orientação é adotar medidas preventivas para evitar a transmissão da doença e iniciar o manejo clínico individualizado.
Principais sintomas
Manifestações cutâneas em qualquer parte do corpo, podendo estar associadas a febre, fraqueza, linfonodos inchados, dores musculares, dores nas costas, dor de cabeça, dor de garganta, congestão nasal ou tosse.
Prevenção contra a Mpox
• Higienizar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel;
• Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
• Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
• Manter isolamento imediato em caso de suspeita ou confirmação de Mpox.