Ex-prefeito de Taboão da Serra forjou atentado contra si mesmo, conclui investigação

Ataque a tiros foi simulado para que Aprígio obtivesse vantagem na disputa eleitoral no ano passado, dizem Polícia e MP; ele perdeu as eleições

Foto: Reprodução 

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) concluíram que o atentado em outubro do ano passado contra o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva, de 72 anos, foi forjado.

O político tentava se reeleger à época. Segundo o 1º Distrito Policial (DP) de Taboão e a Promotoria, os investigados decidiram simular um ataque a tiros contra o veículo de Aprigio para que ele obtivesse vantagens na disputa eleitoral para a prefeitura contra seu adversário no segundo turno, Engenheiro Daniel (União Brasil).

Nesta segunda-feira (17), há uma operação da polícia e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) em andamento na cidade da Grande São Paulo, para buscar suspeitos envolvidos no ataque planejado.

A “Operação Fato Oculto” cumpre 10 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária. Até o momento, um homem foi preso e foram apreendidos celulares, computadores, dinheiro e armas.

Em 18 de outubro, o carro onde estava José Aprígio, que concorria à reeleição para a prefeitura de Taboão, foi alvo de tiros enquanto andava por bairros atingidos por fortes chuvas da época. Em nota no dia, a Prefeitura de Taboão da Serra informou que um projétil atingiu o prefeito no ombro.

Aprigio foi socorrido por sua equipe de campanha que o levou inicialmente para uma unidade de saúde do município. Depois, ele foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, na capital paulista.

Ele teve alta na véspera da eleição, em 26 de outubro.
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