Problemas como falta de carne e de outros itens, além de racionamento de comida, foram relatados ao Cotia e Cia; OUTRO LADO: Prefeitura disse ser problema pontual
Em uma das escolas, hoje (6), não tinha carne. Imagem enviada ao Cotia e Cia |
Nesta sexta-feira (6), segundo funcionários da escola Jardim Rosalina, localizada na Estrada do Caiapiá, os alunos comeram apenas arroz com feijão. Não havia carne e nem legumes e verduras.
Em outras unidades, conforme os relatos enviados ao Cotia e Cia, a comida está sendo racionada. “A nutricionista está fazendo trocas: ela pega misturas de uma escola e leva para outra que não tem”, disse uma servidora pública que pediu para não ser identificada.
A mesma situação com a merenda também afeta as creches municipais. Segundo apurou a reportagem, os Centros Educacionais do Atalaia, Mirante e Ernesto Mendes, na Vila Monte Serrat, estão com o mesmo problema. Veja os relatos abaixo:
“Aqui no CE Ernesto Mendes está sendo feita a merenda com alterações no cardápio” [...] “Aqui no Mirantinho o cardápio não está sendo seguido e a semana foi só de ovo na mistura. Ainda há pouco, chegou entrega de carne” [...] “No CE Vicente Maciel apenas arroz e carne. Não tem óleo. A merendeira está usando apenas alho.”
A alimentação escolar é um direito garantido por meio da Lei 11.947/2009, a lei do PNAE, considerada como importante marco na luta pela segurança alimentar e nutricional das crianças e adolescentes.
Tem também como base legal o artigo 6º da Constituição Federal, que prevê a alimentação e a educação como direitos fundamentais.
Segundo especialistas, a alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, contribui para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar.
OUTRO LADO
Cotia e Cia fez contato pela manhã com a Secretaria Municipal de Educação, mas só teve retorno por volta das 14h50. Veja abaixo a nota:
Os representantes da alimentação escolar exigem ação imediata para garantir direito básico dos estudantes cumprindo o cardápio completo.
O não oferecimento regular de merenda nas escolas municipais da região tem gerado preocupação entre pais, alunos e professores. O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) vem cobrando da Secretaria Municipal de Educação (SME) soluções urgentes para garantir o direito básico à alimentação dos estudantes.
A situação é grave, principalmente em escolas de áreas mais carentes, onde a merenda é frequentemente a única refeição diária balanceada dos estudantes.
O
CAE já realizou reunião com o Gestor do contrato da merenda escolar e
representante da Secretaria de Educação Municipal , sem obter resultados concretos. Na referida reunião
informaram ao CAE que não haveria problemas com a merenda e realizando visitas
o CAE constatou que a informação não procedia.
Diante disso, o conselho exigiu um plano de ação imediato para resolver a falta de produtos da merenda, informamos via oficio sobre o desabastecimento do estoque ao departamento de merenda e enviamos denuncias recebidas em diversas escolas.
"A falta de merenda é um direito negado aos nossos estudantes. Cobramos da SME uma solução urgente e transparente para garantir a alimentação adequada", afirmou Marcial de Almeida presidente do CAE