“Breaking Bad versão Brasil”: Quadrilha que fabricava metanfetamina em SP é presa

‘Operação Heisenberg’ prendeu 22 suspeitos na região central e metropolitana de SP

Foto: Divulgação / Polícia Civil 

A Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), informou nesta quarta-feira (18) que desmantelou uma “máfia” envolvida na produção de metanfetamina, uma droga sintética conhecida popularmente como “cristal”.

Estima-se que o valor do grama do entorpecente, considerado raro no Brasil, é avaliado em R$ 500. Porém, com o avanço dessa rede criminosa, sendo a maioria dos integrantes estrangeiros, e com a inserção de outros tipos de substâncias na droga, o valor diminuiu e passou a alcançar um público maior, o que preocupou as autoridades.

A operação, realizada nessa terça-feira (17), recebeu o nome de Heisenberg –uma alusão ao pseudônimo usado pelo personagem Walter White na série americana “Breaking Bad”. Na série, White é um professor de química que fabricava e vendia metanfetamina.

A ação cumpriu 60 mandados de prisão e 101 de busca e apreensão em endereços ligados à quadrilha - a maioria na área central de São Paulo e na região metropolitana. Ao todo, 22 suspeitos foram presos. Desses, pelo menos dois eram procurados pela Justiça.

De acordo com o Denarc, entre os alvos estão 32 chineses, 17 brasileiros, quatro nigerianos, quatro mexicanos, dois portugueses e um colombiano.

O delegado Fernando Santiago, responsável pela operação, explicou que, antes, a metanfetamina pura era fornecida por mexicanos, no entanto, eles começaram a disputar com chineses e nigerianos, que também passaram a produzir a droga com inserção de outros tipos de substâncias, possibilitando que o preço diminuísse. “Hoje é possível achar o grama por R$ 150 ou R$ 60”, disse.

A partir disso, houve uma preocupação com a expansão das redes criminosas, foi quando os investigadores encontraram, em junho, um laboratório de metanfetamina. No local, seis pessoas foram presas, além de objetos utilizados para o preparo da droga e celulares.

A continuidade das investigações levou os agentes do Denarc a descobrir as ramificações da quadrilha. Os envolvidos são investigados pela produção, distribuição e comercialização do estimulante sintético a partir de São Paulo.

Os envolvidos serão autuados pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e delitos conexos.
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