As 5 estratégias usadas por quem compra votos nas eleições | Rudney Oliveira

Mesmo sendo crime, prática se perpetua, eleição após eleição.


Quem for identificado realizando compra ou venda de votos pode cumprir até 4 anos de pena e pagar multa. Mas isso não impede a prática, que anda se perpetuando eleição após eleição.  

No entanto, como funciona na prática? Quem recebe pode ter o sigilo do voto violado? Quem paga, consegue saber se você votou ou não no candidato? 

Essas foram algumas perguntas que me fizeram pesquisar sobre o assunto e elencar algumas estratégias usadas para fraudar a democracia. Mas lembre-se: a fraude só funciona se o eleitor aceitar e votar no candidato. 

  • 1- Foto e comprovante 

Uma foto do título eleitoral antes e o comprovante da votação depois. Essa é uma forma de pressionar o eleitor a se comprometer com o corruptor. Em muitos casos, há constrangimento e dizem saber se a pessoa votou ou não no candidato. 

  • 2. Dizer que saberá se o eleitor votou de fato no candidato 

Apesar de não ser possível quebrar o sigilo do voto através de foto do título ou mesmo do comprovante de votação, é possível saber o número de votos em cada seção eleitoral, mas não quem de fato votou ou não. Isso é usado para amedrontar o eleitor e forçá-lo a votar em quem está pagando.  

  • 3 Foto ou vídeo na urna 

Embora seja proibido usar o celular ou qualquer outro aparelho eletrônico na cabine, há candidatos que pedem para que eleitores gravem o momento do voto para se certificar que o voto foi para eles. 

  • 4 Questionar como o candidato está na foto da urna 

Embora pareça algo sem sentido, é comum pessoas que compram votos pedirem ao eleitor que diga a cor da roupa ou se o candidato está sorrindo ou não na foto de urna para que "comprove" que votou nele ou nela.  

Mas isso é facilmente encontrado no site do TSE, onde tem todas as fotos de urna.  

  • 5 Cadastros 

Mecanismos legais também são utilizados para a compra de votos. A contratação em massa de pessoas para participar da campanha e cadastrá-la com número do título de eleitor, além de toda sua família. Com isso, o trabalhador fica de forma implícita tendo que votar no candidato.  

Essas são só algumas das artimanhas usadas. 

Há quem defenda: "receba de que der e vote em quem quiser". Acredite, candidatos que compram votos, trabalham com margem de erro, ou seja, sabem que tem eleitor que não vai votar nele, mas a tática ainda funciona, pois muitos, as vezes intimidados ou não, continuam votando em quem paga.


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