Leia a íntegra da mensagem do ex-satanista enviada ao teólogo Vicky Vanilla
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| Daniel Mastral. Foto: Redes Sociais |
Antes de ser encontrado sem vida com um tiro na cabeça, em Barueri, no início de agosto, Daniel Mastral enviou um áudio ao amigo e também teólogo Vicky Vanilla.
Na mensagem via WhatsApp, divulgada pela coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, o ex-satanista deu sinais de tristeza e chegou a dizer que a mente estava “confusa e cansada” e que gostaria de dizer suas “últimas palavras antes de partir”.
Leia abaixo a transcrição da mensagem divulgada pela coluna:
“Eu tenho algumas coisas a fazer ainda aqui antes de partir e, se você concordar, a gente pode fazer um podcast no seu canal, em que eu posso falar tudo aquilo que eu nunca pude. Responder perguntas que sempre me fizeram e eu nunca pude responder [...] e, depois disso, eu tenho que finalizar minha missão.”
“Eu não sei muito explicar isso, isso eu falaria pessoalmente, não diante de câmera. Mas eu te agradeço muito, viu, por, sei lá… Me perdoe. Estou há três noites sem dormir. Minha mente está confusa e cansada [...] quando você tiver tempo, me dá um retorno dizendo sobre o podcast, me dá algumas opções de horário, me diz se é gravado, se é ao vivo. Eu gostaria de dizer as minhas últimas palavras antes de partir.”
“Infelizmente, eu vou ter que sinalizar algumas coisas muito importantes que nunca foram faladas e que eu não posso falar agora, pois, se falar neste momento, me executam. Mas, depois que eu deixar registradas as palavras, se eu registrá-las nos meus canais, tem muita gente que tem acesso aos meus canais, às minhas senhas, etc., e podem deletar, mas, no seu canal, não. Ficará para a eternidade.”
“Eu quero falar algumas coisas e depois eu tenho que fazer algumas coisas antes de minha partida. Eu estou muito cansado. Me perdoe, meu irmão, se minhas palavras confundem você. Mas eu estou muito cansado. Eu não suporto mais esta vida, sabe? É tanta hipocrisia, tanta falsidade. Eu queria falar o que precisa ser dito, falando a verdade. A verdade empírica, comprovada também com documentos e com fatos.”
“Eu vou levar tudo e me diga algumas oportunidades, até mesmo se você tem serenidade no seu coração para fazer isso, e depois me passa algumas datas. Eu vou até o seu podcast, levo os documentos, levo os fatos e depois eu vou ter que fazer algumas coisas.”
“Mas eu não mais suporto mais esta vida aqui. É muito pesado aqui. Acho que já cumpri minha missão e, paradoxalmente… Nossa, isto é muito paradoxal. As pessoas, não eu nem você, as pessoas [nos] olham como inimigos… Não sou seu inimigo, meu irmão. Somos irmãos, feitos por um mesmo criador. Posso entender que nas diferenças existem maldades, como um quebra-cabeça, e as peças são diferentes para se encaixarem no todo. E aí você vê a verdade. É importante conhecer os dois lados.”
“Enfim, é isso, tá? E me perdoe se eu não me fiz entender, mas pense a respeito depois… Não precisa ter pressa. Eu tenho algumas coisas a fazer ainda, mas, poxa, para deixar agendado, eu preciso fazer algumas coisas aqui antes.”
“É, mas eu queria finalizar esse registro no seu podcast, porque eu sei que não vai ser apagado, porque aí não vai estar sob controle de terceiros, mas somente de você, não é? E a gente faz ao vivo, grava, como você preferir, amadurece a ideia, pensa a respeito. E fala com Jeová a respeito.”
Apesar dos relatos de Mastral, Vanilla acredita que o ex-satanista não tirou a própria vida. Já a Polícia Civil acredita em suicídio. Os áudios serão avaliados por um perito.
