Prefeitura diz ter encontrado sinais de maus-tratos em outros internos de clínica clandestina em Cotia

Vistoria foi feita após Jarmo Celestino, de 55 anos morrer ao ser agredido na Comunidade Terapêutica Efatá.


A prefeitura de Cotia por meio da secretaria de saúde diz que contatou na sinais de maus tratos em outros internos da clínica clandestina Comunidade Terapeutica Efatá.

A vistoria ocorreu ontem (9), após um homem de 55 anos morrer ao ser agredido por um funcionário do local. 

O local não havia nenhum tipo de autorização para funcionamento da clínica.

Segundo a prefeitura, o local foi interditado e o responsável notificado a fazer contato com os familiares dos internos para a imediata remoção de todos que permaneciam no espaço, remoção esta que será monitorada pela Prefeitura.

Entenda o caso:

A polícia prendeu nesta segunda-feira (8) Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, acusado de torturar um paciente na Comunidade Terapêutica Efata que fica no bairro Aguassai, em Cotia.

Um vídeo gravado na última sexta-feira aparece Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos preso em uma cadeira com as mãos amarradas. Ao menos quatro rapazes riem da situação.

Além disso, há ainda o registro de um áudio em que Matheus relata a agressão "cobri no cacete, pagar de bravo... cobri no pau, estou com a mão toda inchada". (ouça aqui).

Com lesões pelo corpo, Jarmo foi levado a um pronto atendimento em Vargem Grande Paulista na segunda-feira (8), porém a equipe médica constatou a morte dele em seguida.

O caso foi relevado após a GCM ser acionada para atender a ocorrência de lesão corporal no pronto atendimento. Com as informações colhidas no local, dois funcionários da clínica foram levados a delegacia de Cotia para esclarecimentos.

Matheus foi preso em flagrante pelo crime de tortura. Nesta terça-feira (9), ele passou por audiência de custódia na Justiça, que converteu a prisão em flagrante dele em preventiva, ou seja, sem prazo. A pena, caso seja condenado é de 8 a 16 anos.
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