Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos, foi gravado amarrado em uma cadeira, antes de morrer.
Foto: Reprodução / G1 |
Um vídeo gravado na última sexta-feira aparece Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos preso em uma cadeira com as mãos amarradas. Ao menos quatro rapazes riem da situação.
Além disso, há ainda o registro de um áudio em que Matheus relata a agressão "cobri no cacete, pagar de bravo... cobri no pau, estou com a mão toda inchada".
Ouça abaixo:
Com lesões pelo corpo, Jarmo foi levado a um pronto atendimento em Vargem Grande Paulista na segunda-feira (8), porém a equipe médica constatou a morte dele em seguida.
O caso foi relevado após a GCM ser acionada para atender a ocorrência de lesão corporal no pronto atendimento. Com as informações colhidas no local, dois funcionários da clínica foram levados a delegacia de Cotia para esclarecimentos.
Matheus foi preso em flagrante pelo crime de tortura. Nesta terça-feira (9), ele passou por audiência de custódia na Justiça, que converteu a prisão em flagrante dele em preventiva, ou seja, sem prazo. A pena, caso seja condenado é de 8 a 16 anos.
Outros funcionários da Comunidade Terapêutica Efata serão investigados pela polícia para saber se eles participaram da tortura ou foram omissos ao não impedi-la.
A polícia apura se eles trabalham na clínica ou se são empregados de alguma empresa terceirizada responsável pela remoção do paciente até o local.
Ao site G1, a advogada a advogada Terezinha Azevedo, que defende os interesses do casal Cleber e Terezinha, donos da Comunidade Terapêutica Efata, declarou eles só souberam pela polícia que o paciente foi torturado e morreu."No dia da tortura, era o dia da folga deles [proprietários da clínica], mas existem pessoas responsáveis, tinha esse menino aí [Matheus] que estavam confiando nele, ninguém havia feito reclamação nenhuma", afirmou Terezinha. "Agora que nós ficamos sabendo que esse cara é torturador, é cruel."