Denúncia, que diz respeito a frota intermunicipal, foi apresentada ao Ministério Público; veja o que disse a EMTU sobre o caso
Foto: Ônibus Brasil / Reprodução |
Parte da frota dos ônibus intermunicipais que circulam em Cotia estaria rodando de maneira ilegal. É o que diz a denúncia do portal Diário do Transporte, em reportagem publicada nesta quinta-feira (18). O Ministério Público disse que vai investigar o caso.
De acordo com a denúncia, 81 ônibus intermunicipais da empresa cotiana Viação Raposo Tavares estão com mais de 10 anos, acima do permitido pelo contrato. Esses veículos são os quebram com mais frequência, não possuem ar-condicionado e têm equipamentos de acessibilidade sem funcionar.
Esses ônibus pertencem ao consórcio Intervias. Além da Viação Raposo Tavares, fazem parte do grupo as empresas Viação Pirajuçara e Viação Miracatiba. Juntas, essas empresas que atuam em nove municípios da Grande São Paulo, possuem 253 veículos da frota com idade vencida, que representa 33,4% do total.
Cotia e Cia entrou em contato com a Viação Raposo Tavares e aguarda retorno.
O QUE DIZ A EMTU
Procurada pelo Cotia e Cia, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), responsável pela gestão do transporte público intermunicipal da região, disse que, durante a pandemia do COVID-19, as concessionárias perderam a capacidade de investimento em frota, “em razão da queda do número de passageiros e consequente diminuição da receita”.
De acordo com a EMTU, no período, “o principal foco foi a manutenção dos empregos, por esse motivo “essa situação contribuiu para a elevação de idade dos veículos”. “Atualmente a retomada da demanda atinge em torno de 80%”, disse. [veja a nota na íntegra abaixo]:
"A EMTU e as concessionárias estão comprometidas com a modernização da frota por meio da aquisição de veículos novos e modernos, para conforto e qualidade do serviço aos passageiros. Desde 2019, mais de 1.500 ônibus novos foram incluídos no sistema. A frota intermunicipal gerenciada pela EMTU na Região Metropolitana de São Paulo possui idade média de 6,8 anos.
Durante a pandemia do COVID-19, as concessionárias perderam a capacidade de investimento em frota, em razão da queda do número de passageiros e consequente diminuição da receita. No período, o principal foco foi a manutenção dos empregos. Essa situação contribuiu para a elevação de idade dos veículos. Atualmente a retomada da demanda atinge em torno de 80%.
Todos os ônibus passam por inspeção anual ou semestral nas quais são verificados mais de 900 itens de segurança, além de fiscalizações e acompanhamentos operacionais para oferecer aos passageiros condição de confiabilidade e segurança permanentes, independente da idade dos veículos."