Lei que traz alterações do Plano Diretor foi sancionada pelo prefeito Rogério Franco (PSD) no mês passado
Plano Diretor foi aprovado pela Câmara de Cotia sob protesto popular. Foto: Redes Sociais |
Cotia foi destaque, nesta quarta-feira (5), do jornal O Estado de S. Paulo. Uma das reportagens de capa da edição foi sobre a revisão do Plano Diretor da cidade, que pode permitir a construção de prédios de até 30 andares na região da Granja Viana.
Mesmo sob protesto, o prefeito Rogério Franco sancionou a Lei Complementar que traz alterações no Plano Diretor da cidade, no dia 20 de maio. (LEIA MAIS AQUI).
“Especialistas ponderam que a mudança de regra adensa uma região com problemas de mobilidade urbana e pode ter impactos ambientais, ao afetar áreas residenciais sustentáveis, como a Granja Viana. Já a prefeitura diz que o plano diminui o espraiamento da cidade e evita a ocupação de pontos preservados”, diz trecho da reportagem do Estadão.
O jornal destacou que a nova legislação prevê ainda conjuntos de prédios em áreas lindeiras às rodovias, como a Raposo Tavares. “O gabarito de 16 m passa a ser de 90 m. Nos demais corredores comerciais, o gabarito passa de 12 m para 75 m, com prédios de até 25 pavimentos. Nos dois casos, os prédios podem ser dispostos em blocos. Mas, no caso de mais de uma torre, o distanciamento mínimo entre elas deverá ser de 6 metros”.
Uma das fontes da reportagem foi o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), Ivan Carlos Maglio. Para ele, sem que Cotia reforce sua rede de mobilidade – com um sistema como o BRT (ônibus de trânsito rápido) ligando a São Paulo e demais municípios da região –, não há capacidade de suporte para a verticalização.
“Em Curitiba, a verticalização se dá em torno dos 5 eixos de transporte. Cotia não conta com esses eixos e a Raposo Tavares ainda não é um eixo de transporte de massa, pelo menos até que o metrô da Linha 22 seja instalado.”