Luto: missionário, dedicou sua vida aos mais pobres, doando alimentos, paz e solidariedade

Seu trabalho impactou a vida de mais de 3 mil famílias de toda a região

Pieter de Jong. Foto: Reprodução

Holandês de nascimento e brasileiro de adoção, Pieter de Jong viveu uma vida conventual por quase 20 anos, primeiro na Europa e, depois, no Nordeste brasileiro.

Chegou ao Brasil em 1951 para atuar como voluntário num grupo de ação católica. Depois de nove anos no Nordeste, mudou-se para São Paulo e em 1972 para Cotia.

Iniciou seu trabalho social, como ele próprio dizia, “apenas ouvindo as pessoas carentes”. Depois, passou a doar alimentos, primeiro na sede da Paróquia Santo Antônio, e em seguida para a Igreja da comunidade Nossa Senhora do Brasil.

Por último, assistiu os carentes em sua própria casa, onde permaneceu até a inauguração da sede do Nuepo (Núcleo de Enfrentamento da Pobreza), na estrada Velha de Cotia, em janeiro de 2005.

Com o tempo, Pieter congregou pessoas de boa vontade, que o auxiliaram a expressar a caridade cristã para um número cada vez maior de necessitados. Seu trabalho impactou profundamente a vida de três mil famílias e ao menos 20 mil pessoas, incluindo crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Pieter faleceu na tarde dessa segunda-feira (17) aos 100 anos de idade. O velório acontece na Capela Nossa Senhora do Brasil, no Jardim da Glória, em Cotia. O sepultamento será às 16h30 no cemitério Parque Morumby.

Núcleo de Enfrentamento da Pobreza

Dedicada a enfrentar a pobreza, a Nuepo trabalha principalmente em Cotia, município de sua sede (própria), mas também vem atuando em Carapicuíba e de Embu das Artes.

Embora tenha natureza cristã católica, em decorrência do perfil de fé de seu fundador e do parentesco espiritual com a irmandade Orionita, que mantém em Cotia o “Pequeno Cotolengo”, a Nuepo é entidade ecumênica por “acreditar que a transversalidade do amor de Deus supera qualquer diferença entre fés e religiões”.

Em 2005 a Nuepo foi declarada “Entidade de Utilidade Pública Municipal” (Cotia).

Hoje, a instituição assiste mensalmente uma população excluída de aproximadamente 450 famílias, atuando com a doação de alimentos, assistência espiritual e orientação familiar, encaminhamento a órgãos de saúde, compra de medicamentos, viabilização de recursos para adequação de moradias, palestras e cursos semi-profissionalizantes. 

*Texto com informações do Site da Granja
Postagem Anterior Próxima Postagem