Bingo como uma ferramenta versátil para ensinar matemática

Um dos jogos mais conhecidos de frequentadores de igrejas e amantes de festas juninas

Fonte: Unsplash


Um dos jogos mais conhecidos de frequentadores de igrejas, amantes de festas juninas e até mesmo de quem gosta de socializar com amigos e família com um jogo divertido, o bingo online também se tornou uma ferramenta interessante para aprender matemática.

Pesquisas recentes destacam a eficácia do bingo como método de ensino de probabilidade e teoria da contagem para estudantes do ensino médio. O estudo, conduzido pelo pesquisador José Carlos David da Universidade Estadual de Londrina, revelou o potencial do jogo para o ensino das ciências exatas para diversas faixas etárias.

História do bingo
O bingo é um jogo em que uma quantidade determinada de bolas com números escritos são colocadas em um globo e são sorteadas uma a uma. A história por trás do jogo é distante e remonta há alguns séculos. Estudos indicam que o bingo é um jogo derivado da loteria, cujo nome foi criado em Gales a partir do uso de feijões (beans em inglês), para marcar os números. Quem ganhasse o jogo, levava (go) os feijões dos participantes para a casa.
Como funciona o bingo

Os jogadores, de posse de cartelas com sequência aleatórias de alguns números presentes dentro do globo, precisam marcar quais foram os números sorteados que fazem parte da sua cartela.

Vence aquele que fizer a combinação de todos os números, ou seja, aquele que tiver a sorte de ter todos os números da sua cartela sorteados em primeiro lugar. Assim que perceber isso, deve levantar a cartela e gritar: bingo!
 
A atividade: bingo matemático

Para o projeto do pesquisador Davi, alunos do ensino médio foram introduzidos ao mundo da probabilidade e teoria da contagem por meio de uma atividade de bingo especialmente adaptada. A mecânica do jogo foi cuidadosamente desenhada para alinhar-se com os objetivos educacionais, onde os participantes concorriam a um prêmio estimulante: uma calculadora.

O jogo começava com o sorteio de bolas numeradas de 1 a 20, anunciadas aos jogadores, que verificaram a presença dos números sorteados em suas cartelas. Estas não eram cartelas comuns; foram criadas pelos próprios alunos como parte da atividade educativa, incorporando a data e o mês de nascimento de cada um, bem como o número de chamada, para gerar combinações únicas e pessoais.

A atividade foi estruturada para que, a cada rodada, os alunos aplicassem conceitos de probabilidade ao jogo em curso, estimando suas chances de vitória com base nos números já sorteados e os restantes no globo.

Como o jogo do bingo pode ajudar a aprender matemática

Assim, a partir de cálculos matemáticos, os alunos e jogadores foram induzidos a usarem seus conhecimentos na ciência para encontrar os resultados possíveis e tentar vencer o jogo. Uma abordagem inteligente e interessante que uniu o lúdico do jogo do bingo com uma ciência que poucos jovens conseguem visualizar como útil atualmente. Eis um exemplo de como usar o jogo para ensinar e ajudar outras pessoas a aprenderem e superarem problemas que possam ter com contas matemáticas.

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