Além de 6 presos, operação apreendeu dois fuzis, uma submetralhadora, mais de 800 munições e R$ 161 mil em espécie
Foto: Divulgação / MPSP |
O Ministério Público cumpriu, nessa terça-feira (9), mandados de prisão e busca em Cotia e em outras cidades durante a Operação Fim da Linha, que mira a ligação do PCC com empresas de ônibus de São Paulo. Seis pessoas foram presas por suspeita de lavagem de dinheiro.
As cidades de Guarujá, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Itu, Mauá, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo e São José dos Campos também foram alvos da operação.
Conforme as investigações do Grupo de Atuação Especial ao Crime Organiza (Gaeco), os envolvidos usavam a exploração do serviço de transporte público por ônibus para “legalizar” valores provenientes de tráfico de drogas, roubos e outros delitos praticados pela facção criminosa, além de ocultar o patrimônio do bando.
“Foram meses de trabalho para que essa ação fosse materializada, sendo cumpridos mandados de busca e de prisão realizados pelo Gaeco e agentes do serviço de inteligência da PM. Essa parceria com o Ministério Público, Cade e Receita Federal ganha mais robustez para asfixiar financeiramente o crime organizado no Estado de São Paulo”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. "É inaceitável que chefes de facção figurem como grandes empresários."
Durante a coletiva de imprensa, realizada na sede do MP, as autoridades destacaram o trabalho integrado entre as forças de segurança com outros órgãos para combater a lavagem de capitais e asfixiar financeiramente os membros do crime organizado.
As informações obtidas durante as investigações tiveram a colaboração do Centro de Inteligência da PM, que forneceu dados que embasaram as buscas e as prisões realizadas.
SEIS PRESOS E ARMAMENTOS APREENDIDOS
No total, foram cumpridos 52 mandados de busca, quatro mandados de prisão e cinco de medidas cautelares. Seis foram presos, três por cumprimento de mandado e três em flagrante por porte ilegal de armas e por obstrução de ordem judicial.
Os policiais militares conseguiram apreender 11 armas, sendo dois fuzis e uma submetralhadora, mais de 800 munições, joias, barras de ouro, computadores, celulares, além de R$ 161 mil em espécie.
BLOQUEIO DE R$ 600 MILHÕES
A Justiça determinou o afastamento dos gestores das duas empresas, que prestam o serviço nas zonas sul e leste da capital paulista. Também houve o bloqueio de R$ 600 milhões das contas dos investigados para reparar eventuais danos, além da apreensão de um helicóptero, veículos, lanchas e motos aquáticas.
A Operação Fim da Linha foi realizada de forma integrada entre o Ministério Público de São Paulo, através do Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Receita Federal.