Operação do MP cumpre 42 mandados de busca e apreensão; segundo as investigações, fraudes em contratos públicos somam R$ 200 milhões
Foto: SSP |
Três vereadores e um advogado estão entre os presos na "Operação Munditia", deflagrada na manhã desta terça-feira (16) pela Polícia Militar e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
A operação mira suspeitos de ter ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para fraudar inúmeras licitações em todo o estado.
Estão sob investigação contratos nas cidades de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba, entre outras.
Foram presos vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Cubatão, entre os 15 mandados de prisão temporária que são cumpridos nesta manhã.
As equipes da Polícia Militar e do Gaeco também cumprem 42 mandados de busca e apreensão, incluindo prédios públicos, como as prefeituras de Guararema, Poá e Itatiba, além das prefeituras e Câmaras de Vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão.
Também são cumpridos mandados em 21 residências e 10 prédios comerciais. As equipes apreenderam armas, munições, relógios de luxo e dinheiro em espécie.
A investigação apontou que a estrutura criminosa simulava concorrência pública com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos e diversos outros delitos – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.
De acordo com o MP, as empresas do grupo têm contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. Segundo a investigação, a facção Primeiro Comando da Capital tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações.
Participaram das diligências 20 Promotores de Justiça, 15 servidores e mais de 200 policiais militares, entre operadores de inteligência e de polícia tática.