Estado liberou R$ 200 milhões para os municípios investirem no combate à doença; em Cotia, número de casos já é alarmante
Foto: Governo de SP |
O governo de São Paulo confirmou nesta terça-feira (6) quatro mortes por dengue no estado desde o início do ano. Os registros foram em Pindamonhangaba (2), Bebedouro (1) e Guarulhos (1).
Para combater os casos de dengue, o governo estadual anunciou o Centro de Operação de Emergências, coordenado pela Secretaria da Saúde e com participação de outras sete pastas.
O governador em exercício, Felício Ramuth (PSD), liberou R$ 200 milhões para os municípios investirem no combate à doença. De acordo com ele, os recursos provenientes do programa IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) se somam às medidas de intensificação de suporte aos municípios, em especial as ações de campo como a nebulização, o chamado fumacê. Mais de 600 equipamentos portáteis e pesados estão disponíveis para a utilização das cidades.
“O enfrentamento à dengue é uma ação conjunta das secretarias de Estado, que passam a fazer parte do Centro de Operações de Emergências, e os municípios. Com apoio técnico do Governo de SP e os recursos liberados hoje, as prefeituras poderão investir em suas redes de saúde e emergência, além de realizar ações de limpeza e comunicação em suas cidades”, destacou Ramuth.
EM COTIA, NÚMERO DE CASOS É ALARMANTE
Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que a situação em Cotia segue a tendência nacional para os casos de dengue. Apenas em janeiro de 2024, a cidade já anotou 117 casos confirmados da doença. Durante todo o ano de 2023, foram 114 confirmações.
Os números colocam a cidade em alerta. A Secretaria de Saúde informou que está com suas equipes de controle de vetores nas ruas diariamente para localizar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, mas, para além disso, “a equipe busca conscientizar e lembrar a população que os cuidados contra a doença são responsabilidade de todos” (LEIA MAIS SOBRE OS CASOS EM COTIA AQUI).
REPELENE CONTRA INSETOS
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 75% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Diante deste cenário, mesmo que um morador afaste a possibilidade de criadouros do mosquito em seu imóvel, se no entorno não houver o mesmo cuidado, ninguém está protegido do espalhamento da doença.
“Com focos do mosquito em todas as regiões, falta de cuidado e de conscientização de muita gente, lançar mão do uso de repelente é um cuidado que vem para somar. Mas, deixamos claro que a melhor proteção é a eliminação de focos do mosquito”, destacou Silvana Silva, coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
A combinação calor e água parada, além da reintrodução dos vírus 3 e 4 da dengue no Brasil, os casos aumentaram em todo o país. As ações para eliminação de focos do mosquito devem fazer parte da rotina da população.
A combinação calor e água parada, além da reintrodução dos vírus 3 e 4 da dengue no Brasil, os casos aumentaram em todo o país. As ações para eliminação de focos do mosquito devem fazer parte da rotina da população.
“Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes, porque temos quatro tipos de vírus desta doença. O clima está muito apropriado para a proliferação do mosquito que espalha estes vírus. Temos feito a nossa parte, no sentido de encontrar e eliminar focos, mas não podemos estar todos os dias em todas as casas, as pessoas precisam tomar consciência e cuidarem do seu espaço”, disse Páscoa Bichiato, coordenadora da Vigilância Ambiental.