Em entrevista, delegada Mônica Gamboa deu detalhes do caso; Everton da Silva, 27, foi brutalmente atingido enquanto caminhava
Câmeras de segurança flagraram o momento em que jovem é atropelado |
A Polícia Civil de Cotia indiciou, nessa quinta-feira (15), o motorista que atropelou e matou um jovem de 27 anos na noite do dia 9 de fevereiro de 2024. Everton Berbardo da Silva caminhava pela avenida Professor José Barreto, ao lado de um posto de combustíveis, quando foi brutalmente atingido por um veículo que estava vindo em alta velocidade. Ele morreu na hora.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que o jovem é atropelado. Pelas imagens, é possível vê-lo andando em frente a um posto de combustíveis, quando um carro desgovernado aparece e o atropela. O corpo de Everton é arremessado até uma farmácia, que fica parcialmente destruída. Depois, os ocupantes do carro fogem, sem prestar socorro à vítima (veja o vídeo abaixo e neste link a reportagem completa).
De acordo com a delegada titular de Cotia, Mônica Gamboa, o condutor do veículo foi interrogado nessa quinta-feira e indiciado nos crimes de “homicídio”, “fuga de local de acidente” e “omissão à prestação de socorro”. Segundo ela, o motorista, que não teve o nome revelado, “ostenta uma vida de irregularidade no trânsito”.
“Ele [motorista] já teve a carteira de habilitação perdida por excesso de pontos. Trata-se de um rapaz completamente desrespeitoso com as normas de trânsito”, disse a delegada em entrevista ao programa Brasil Urgente. Ainda de acordo com Mônica, o carro que ele conduzia estava com o chassis adulterados e a placa clonada.
A delegada também esclareceu que uma das pessoas que estava no veículo era menor de idade. “Além de ter oferecido riscos à terceiros, como foi caso da vítima fatal, ele trazia dentro do carro como passageira a cunhada, que é uma menor de idade.”
A perícia encontrou dentro do veículo uma garrafa de whisky, mas a delegada não afirmou se o motorista estava ou não sob o efeito da bebida alcoólica.
CRIMINOSO
Ainda durante a entrevista, Mônica Gamboa foi enfática ao dizer que o caso se trata de um crime bárbaro. “Nós não estamos à luz de um código de trânsito, estamos a luz de um criminoso, que agiu de forma irresponsável. Ele próprio confessa que estava em alta velocidade, assim como todos os passageiros que estavam no veículo. Estima-se que ele estava na casa de 100 a 110 km/h”, afirmou.
Questionada sobre os próximos passos da investigação, a delegada disse que agora é preciso aguardar a manifestação do Poder Judiciário, que está apreciando o pedido de prisão feito pela Polícia Civil.
“Eu indiciei ele [motorista], mas também os demais passageiros no crime de omissão de socorro, porque nenhuma das pessoas que estavam naquele carro tiveram a ação proativa de chamar o resgate. Ninguém prestou socorro à vítima. E omissão de socorro é crime”, concluiu Mônica.