Mulher agrediu verbalmente médico e funcionários após reclamar de atendimento com sua mãe
Confusão ocorreu na UPA do Atalaia. Foto: Reprodução |
Uma confusão entre a filha de uma paciente e um médico na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Atalaia, em Cotia, acabou na delegacia na noite de sábado (17).
Segundo a ocorrência, uma mulher agrediu verbalmente o médico por achar “inadequado” o atendimento com sua mãe.
O médico relatou na delegacia que a mulher entrou no consultório com a mãe já “visivelmente transtornada” e começou a chamá-lo de “médico de bosta”, antes mesmo de ele examiná-la.
Segundo o profissional, a mulher queria que sua mãe fosse internada e o ameaçou que, se caso não fizesse, “arcaria com as consequências” por ter “amigos influentes na cidade”.
O médico disse que tentou por inúmeras vezes realizar o atendimento, mas era constantemente interrompido por ela.
Ainda de acordo com seu relato, a mulher teria se exaltado tanto que chamou a atenção dos demais funcionários da unidade e também de outros pacientes que aguardavam consulta.
Alguns funcionários foram até o consultório e também foram ofendidos pela filha da paciente, que saiu pelo corredor “ofendendo quem encontrasse pelo caminho”.
A confusão terminou quando a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada, conduzindo os envolvidos até a delegacia.
O QUE DIZ A FILHA DA PACIENTE
Em depoimento, a filha da paciente disse que sua mãe está doente e o quadro teria se agravado nos últimos dias, chegando, inclusive, a vomitar sangue. Diante da situação, ela decidiu levá-la até a UPA do Atalaia durante a tarde de sábado.
Durante a primeira consulta, foram realizados diversos exames e a paciente foi orientada a retornar na unidade após três horas para colher os resultados. O médico teria afirmado, segundo ela, que sua mãe seria internada.
Após o período, ocorreu a troca de plantão, e a paciente foi atendida por outro profissional, que teria mudado a abordagem realizada na consulta anterior.
Segundo a filha da paciente, o médico se negou a internar sua mãe, motivo que causou a sua fúria. A mulher insistiu para o médico interná-la, pois temia pela sua morte em casa, mas ele teria se mostrado irredutível ao pedido.
Neste momento, a mulher afirmou que, de fato, ficou transtornada e acabou ofendendo o médico e outros funcionários.
Diante das narrativas, o delegado de plantão registrou o caso como ‘desacato e desobediência’. A mulher assinou um termo para comparecer ao Fórum.