Dengue em Cotia: nº de casos registrados em 2024 ‘é alarmante’; veja regiões críticas

Apenas nos 30 primeiros dias de 2024, a cidade já registrou 117 casos confirmados da doença. Durante todo o ano de 2023, foram 114 confirmações

Foto: Juliano Barbosa / Prefeitura de Cotia

Os números de casos confirmados de dengue em Cotia mostram que o município segue a tendência nacional com um aumento alarmante. Apenas nos 30 primeiros dias de 2024, a cidade já anotou 117 casos confirmados da doença. Durante todo o ano de 2023, foram 114 confirmações.

Os números colocam a cidade em alerta. A Secretaria de Saúde informou nesta quarta-feira (31) que, por meio da Vigilância Ambiental, está com suas equipes de controle de vetores nas ruas diariamente para localizar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, mas, para além disso, “a equipe busca conscientizar e lembrar a população que os cuidados contra a doença são responsabilidade de todos”.

REGIÕES MAIS CRÍTICAS

Segundo a secretaria, uma das áreas vermelhas para a dengue é o bairro Jardim Petrópolis. Nesta semana, agentes de controle de vetores fizeram uma varredura no bairro com a ação de eliminação e controle de criadouros. E, bastaram alguns metros de caminhada, para encontrarem problemas.

“Aqui, encontramos larvas vivas. Veja. A moradora colocou uma muda de planta neste recipiente, disse que ia plantar, mas não plantou ainda e deixou na água”, disse José Carlos de Souza, agente de controle de vetores. “Coletamos a mostra e vamos mandar para análise para verificar se são larvas do Aedes aegypti”, completou.

De cada foco do mosquito encontrado é retirada uma amostra para análise. “A Avaliação de Densidade Larvária, a ADL, nos mostra o potencial risco da doença naquela região”, disse Jaqueline F. dos Santos, agente de controle de vetores. “Quanto maior a densidade larvária, maior o risco”, explicou. Quando encontrado, o foco é eliminado e o responsável pelo imóvel recebe as orientações necessárias.

Ação de combate à dengue. Foto: Juliano Barbosa

De acordo com Páscoa Bichiato, coordenadora da Vigilância Ambiental, a maior incidência de casos de dengue está no bairro Jardim Lina. “O nosso maior problema no bairro é com as caixas d’água. Mais da metade dos problemas encontrados no bairro dizem respeito a caixas mal fechadas e até sem tampa”, disse Páscoa. “O poder público faz o seu papel de orientar, educar, fiscalizar, mas as nossas ações são limitadas, cabe à população fazer a sua parte. Pelo menos duas vezes por semana, olhem os quintais, eliminem toda e qualquer água parada. A gente só vence a dengue quando a gente conseguir vencer o mosquito”, concluiu.

RECUSA À VISTORIA

Páscoa Bichiato informou que o índice de recusa à vistoria dos agentes de controle de vetores é de mais de 50%. “Infelizmente, muita gente não recebe o agente, não quer ouvir as orientações, mas também não toma os cuidados necessários para o mosquito não procriar”, disse.

Ela afirmou que, na região da Granja Viana, o índice de recusa chega aos 60%. “Peço para que recebam os agentes, eles estão ali para ajudar. O controle dentro de casa, dentro do quintal é responsabilidade do dono, mas eles [agentes] estão ali para ajudar. O poder público está fazendo a sua parte, precisamos que as pessoas se conscientizem e façam a sua”, alertou.


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