Já confirmaram adesão ao movimento os sindicatos de professores da rede estadual, de trabalhadores do Metrô, da CPTM, Fundação Casa Sabesp
Foto: Portal Terra |
Trabalhadores de diversos setores do funcionalismo público do estado de São Paulo farão uma greve geral nesta terça-feira (28) para protestar e se mobilizar contra os projetos de privatização de serviços públicos em andamento (Sabesp, Metrô, CPTM) liderados pelo governador Tarcísio de Freitas.
Já confirmaram adesão ao movimento os sindicatos de professores da rede estadual, de trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), da Fundação Casa e da Sabesp.
“Essa união de todas as entidades é importante porque o governo do estado de São Paulo está acelerando projetos de privatização de vários serviços essenciais e não está ouvindo a voz da população”, disse a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.
Segundo ela, uma das reivindicações desse movimento do dia 28 é que o governador faça um plebiscito oficial para saber se a população quer ou não que privatize a Sabesp. “Assim como tem que ouvir a população sobre a privatização do transporte. Desde o início de 2022 a população está vivendo um caos com as linhas [de metrô] privatizadas e ele não ouve a opinião da população”, completou.
O secretário de finanças do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Roberto Guido, destacou que as entidades entendem que as privatizações equivalem à destruição do Estado e é natural que diversos segmentos se mobilizem porque percebem o conjunto da pauta. “Nós tivemos um plebiscito popular a respeito da Sabesp, a própria situação da eletricidade no estado de São Paulo também mostrou para a população os problemas que a privatização traz. Portanto não há dentro da lógica do governo possibilidade da população compactuar com encarecimento de conta de água, falhas no abastecimento, as escolas públicas que já são precarizadas ficarem piores, sem contar o transporte todo dia no noticiário”.
As categorias que prometem cruzar os braços programaram uma assembleia para esta segunda-feira (27), às 16h, véspera da greve, a fim de confirmar a paralisação geral. O encontro vai acontecer em frente à Câmara de Vereadores, na região central da capital.
A paralisação deve afetar quatro linhas do Metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata/monotrilho) e cinco da CPTM (7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade). As linhas privatizadas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, além da 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, vão funcionar normalmente.
No caso do Metrô, a categoria afirma que pode suspender a greve se o governo paulista aceitar fazer “catraca livre” – ou seja, deixar de cobrar bilhete – na data marcada.
(Com informações da Agência Brasil)