Ministério Público de São Paulo investiga o caso
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Um casal acusa a Maternidade Santa Joana, no centro de São Paulo, de negligência hospitalar e fraude na morte do filho recém-nascido. O bebê Davi Panontin, um dos filhos gêmeos da otorrinolaringologista Marília Panontin e do delegado de polícia Victor Melo, morreu dois dias depois do nascimento, em 3 de julho.
A mãe dos bebês afirma que o filho faleceu asfixiado ao se engasgar com o próprio vômito. Marília Panontin afirma que a criança permanecia longos períodos sem a supervisão de ninguém e sem a devida assistência.
Durante o período, os pais visitaram os filhos diversas vezes e foram informados por meio do boletim médico que ambos estavam bem e saudáveis, conforme o relato da mãe. O casal esteve com Davi pela última vez por volta das 23h do dia 2 de julho.
“Me disseram que tudo indicava que ele havia sofrido uma arritmia por problemas cardíacos, ou mesmo uma síndrome congênita que teria levado à falha do coração”, afirma a mãe. Ela ainda questionou o motivo de terem avisado somente duas horas depois da suposta parada cardíaca.
Segundo ela, documentos apontam que o bebê regurgitou e engasgou no próprio leite. “Ele foi encontrado sem sinal de vida, com grande quantidade de leite na boca e nas vias respiratórias”.
Em nota, a Maternidade Santa Joana afirma que não detectou qualquer descumprimento de protocolos assistenciais e que está à disposição das autoridades competentes para a apuração dos fatos.
“O Hospital e Maternidade Santa Joana é uma instituição séria e há mais de 75 anos se dedica à saúde materna e do neonato. Por questão de sigilo médico, esclarece que não pode compartilhar mais detalhes sobre o caso”, diz o comunicado.
A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos (Saúde Pública) informou que o caso está em apuração inicial, que foram encaminhados ofícios de pedido de informação [ao hospital] e que aguardam repostas.