GCMs são presos suspeitos de torturar e mandar jovens a fazer sexo oral

Caso ocorreu em Itapecerica da Serra; um GCM continua foragido

Base da GCM de Itapecerica da Serra. Foto? TV Globo / Reprodução 

Cinco guardas civis de Itapecerica da Serra foram presos suspeitos de torturar e obrigar jovens a fazer sexo oral uns nos outros durante abordagem. O caso ocorreu em maio deste ano. Um guarda ainda continua foragido.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), os mandados de prisão temporária de 30 dias, que já tinham sido expedidos pela Justiça, foram cumpridos após os guardas irem até a delegacia acompanhados dos advogados nessa terça-feira (15).

Segundo a SSP, após a elaboração dos boletins de ocorrência de captura, equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) conduziram os agentes até o Instituto Médico Legal (IML) de Taboão da Serra. Em seguida, os guardas foram levados para a cadeia de Itapecerica, onde aguardam audiência de custódia.

Em nota, a Prefeitura de Itapecerica da Serra afirmou que os guardas envolvidos "já foram afastados de suas funções e responderão processo administrativo e disciplinar".

ENTENDA O CASO

A abordagem ocorreu no fim da tarde de 7 de maio, na Rua Benedito Pereira Rodrigues, em Itapecerica da Serra, quando os jovens empinavam motos pela via.

Todos foram levados à delegacia da cidade, onde o caso foi registrado como adulteração de sinal identificador de veículo automotor.

À Polícia Civil, um GCM relatou que abordaram os jovens quando estavam “empinando moto”. Ao consultar os dados do veículo “não constou quaisquer queixas de natureza criminal”. O veículo acabou sendo apreendido, para ser periciado.

Por telefone, um dos jovens contou à TV Globo que estava em uma área de mato perto do Rodoanel empinando moto com mais cinco pessoas, quando os guardas civis chegaram após denúncia anônima.

Ainda conforme o jovem, os guardas o ameaçaram de morte com arma, usaram spray de pimenta e os agrediram com pedaço de madeira. As agressões só terminaram quando a mãe e parentes de um deles chegaram até o local.

Os jovens também relataram que foram forçados a fazer sexo oral entre eles. As denúncias foram investigadas e, com base em vídeos e laudos periciais, ele pediu a prisão temporária dos agentes.

 

 

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