OMS aponta os alimentos comuns que aumentam risco de câncer

Além do aspartame, a OMS tem em sua lista vários alimentos de consumo diário e que devem ter consumo moderado por seu potencial cancerígeno

Embutidos constam na lista da OMS. Foto: Depositphotos

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou que deve incluir o aspartame em sua lista de alimentos perigosos para o desenvolvimento de câncer. O adoçante é popular em produtos dietéticos.

Entretanto, ele não é o único alimento do dia a dia que já foi associado pela entidade ao surgimento de tumores.

CARNES PROCESSADAS

O consumo de carnes processadas, como linguiça, presunto e salsicha, está relacionado ao desenvolvimento de câncer de intestino. A relação desse alimento com o câncer é reconhecida pela OMS desde 2018, e o consumo em grandes quantidades é visto como um fator de risco por especialistas.

Segundo uma revisão de estudos de 2021, as chances de desenvolver câncer colorretal aumentam em até 18% com o consumo de carnes processadas. Já para o câncer de cólon, o crescimento é de 21%, e para a doença no reto, de 22%.

Os autores do estudo também pontuam que esses alimentos estão relacionados a outros tipos de câncer, como de mama e pulmão.

BEBIDAS ALCOÓLICAS

Os malefícios do consumo de bebidas alcoólicas, mesmo em quantidades moderadas, têm sido destacados por recomendações e diretrizes recentes sobre a substância.

Algumas análises indicam que nenhuma quantidade de álcool é segura à saúde. As bebidas alcoólicas estão ligadas a problemas de falência hepática e dependência, além de favorecerem o desenvolvimento de cânceres.

O álcool está incluído na lista de carcinogênicos da OMS desde 2012. Uma pesquisa publicada em 2021, estimou que cerca de 4% dos novos casos de câncer em 2020 poderiam estar associados ao consumo da substância.

Alguns dos tipos da doença que podem estar relacionados a bebidas alcoólicas são: esôfago, fígado e mama.

PEIXE SALGADO CHINÊS

O peixe salgado tradicional chinês passa por um processo semelhante ao da carne do sol, em que o sal é utilizado para preservar e curar o alimento.

Ele é listado pela OMS como carcinogênico desde 2012, mas a sua ligação com o câncer é estudada há anos, principalmente devido a uma maior incidência de câncer de nasofaringe associada a seu consumo.

Contudo, um estudo publicado em 2019 indica que essas ocorrências podem estar relacionadas principalmente ao consumo durante a adolescência.

NOZ DE ARECA

A noz de areca, também conhecida como noz de betel, provém de uma palmeira comum na Ásia, e tem efeito estimulante, o que a torna popular em alguns países da região.

O alimento está na lista de cancerígenos da OMS há dez anos, e seu consumo está ligado à ocorrência de câncer de boca.

A noz também é mascada, muitas vezes, com adição de outras substâncias como cal hidratada e tabaco, o que pode intensificar os efeitos cancerígenos.

Porém, uma revisão de 2022 mostrou que, mesmo quando consumida pura, a noz de areca está relacionada a intenso aumento da incidência de câncer da cavidade bucal.

*Com informações de agências internacionais de comunicação
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