O advogado da mulher disse que pela proporção que o caso tomou, ela não está em condições emocionais de sair de casa; veja a reportagem
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| Thaís foi flagrada imitando macaco por imagens de uma câmera de segurança |
Thaís Pinheiro Andrade Nakamura, de 40 anos, acusada de injúria racial, não compareceu à delegacia para depor nesta segunda-feira (17) “por não estar em condições emocionais”, segundo seu advogado. Thaís foi indiciada hoje. Ela foi flagrada imitando um macaco para mulheres negras no shopping The Square, na Granja Viana, no último dia 8.
Em nota à imprensa, o advogado Waldinei Guerino Junior, que defende Thais, disse que ela não se apresentou à delegacia "por problemas psicológicos e emocionais provocados por uma crise pós-traumática". A defesa afirmou ainda que foi apresentado um laudo da psiquiatra responsável pelo tratamento de saúde da acusada "há vários anos".
“Thaís, com o trauma provocado pela proporção que o caso tomou, não está em condições emocionais de sair de casa e sua defesa solicitou nova oitiva. A crise pós-traumática pela qual Thaís passa se agravou após as declarações da delegada responsável pelo caso, que, de forma precipitada e sem sequer ouvir a defesa, incriminou-a nos veículos de comunicação. Vale frisar que até o momento a defesa também não teve acesso a investigação”, disse Waldinei.
Em coletiva de imprensa na semana passada, a delegada Mônica Gamboa, responsável pelo caso, disse que se baseou nos vídeos capturados no momento das ofensas e nos depoimentos das testemunhas, das vítimas, no consumo excessivo de álcool e pelo trabalho investigativo.
O inquérito, segundo Mônica, deverá ser concluído em cerca de um mês. "A gente vai ouvir esses médicos para saber a veracidade desse documento, e depois o inquérito será relatado e encaminhado ao Ministério Público", diz a delegada nesta segunda-feira (17) ao UOL. "Aí entregamos ao MP [Ministério Público], e o promotor tem de 5 a 15 dias para oferecer denúncia."
