Prefeito de Osasco pede a recontratação do médico que receitou jogo e sorvete

Criança de 9 anos foi atendida no dia 18 de maio em uma UPA do município; caso ganhou repercussão nacional; veja

Receita médica durante atendimento causou polêmica. Foto enviada ao Cotia e Cia

O prefeito de Osasco, Rogério Lins, pediu a recontratação do médico Marcos Wesley Silva, que receitou sorvete de chocolate e Free Fire (jogo virtual) para uma criança de 9 anos durante atendimento na UPA do Jardim Conceição, no início da madrugada do dia 18 de maio.

Marcos havia sido afastado após o caso ser relatado em primeira mão pelo Cotia e Cia (relembre aqui).

Em nota enviada nesta quinta-feira (1º), a prefeitura explicou que, após tomar conhecimento da demissão do médico pela Organização Social responsável pelas UPAs, o prefeito Rogério Lins solicitou que o mesmo fosse recontratado, pois viu a atitude dele como “humanizada”.

“Na receita há a prescrição de toda a medicação necessária ao paciente. Quando ele coloca o sorvete e o jogo, ele quis humanizar o atendimento”, disse Lins.

Mas não foi o mesmo relatado pela mãe do menino. Segundo Priscila da Silva Ramos, o atendimento foi marcado por deboche e falta de respeito. “Ele [médico] colocou meu filho na cadeira e nem olhou para ele. Ele não examinou meu filho e nem explicou os medicamentos que estava receitando”, relata.

Na receita, além do jogo “diariamente” e do sorvete “duas vezes ao dia”, havia os seguintes medicamentos: amoxilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteína [veja abaixo]:



“Ele debochou do meu filho, debochou da gente. Eu estava tão cansada que nem consegui reagir”, disse a mãe. 

Marcos Wesley Silva está cadastrado no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), mas sem especialidade. 

Na consulta com o filho de Priscila, ele se identificou no registro como neurologista. Cotia e Cia questionou se era correto o atendimento de um neuro no lugar de um pediatra, mas a Prefeitura de Osasco não comentou.
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