Investigação de advogado de Cotia morto pela própria arma é arquivada

Leandro Mathias acompanhava a mãe no exame de ressonância magnética e não retirou a pistola antes de entrar em sala; após dias internado, não resistiu

Advogado Leandro Mathias. Foto: Arquivo pessoal 

A Justiça de São Paulo arquivou o inquérito que apurava a morte do advogado de Cotia, Leandro Mathias de Novaes, de 40 anos, que foi atingido por um tiro da própria arma em uma clínica no Jardim Paulista, na região central de São Paulo. Leandro não resistiu ao ferimento e morreu em 6 de fevereiro (RELEMBRE AQUI).

O promotor Luis Felipe Tegon Cerqueira Leite detalhou que o homem tinha registro e autorização de porte de arma de fogo e não teve cautela quando entrou na sala de exame com a arma, mesmo tendo assinado um documento do laboratório sobre os cuidados para entrar na sala.

“A conduta de disparo da arma de fogo poderia ser atribuída a título de culpa, mas não há forma culposa do crime de disparo de arma de fogo. E, quanto à eventual lesão por ele sofrida, tratando-se de autolesão, não há que se cogitar de crime”, destacou.

Conforme reportagem do site G1, a juíza Giovanna Christina Colares aceitou o pedido e determinou o arquivamento do caso na quarta-feira (3).

RELEMBRE O CASO

O caso aconteceu dentro do Laboratório Cura, que fica na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no último dia 16 de janeiro. Na ocasião, o advogado entrou na sala da ressonância como acompanhante da mãe e portava uma pistola 9 milímetros, um pente extra e 30 munições. Logo depois que a máquina começou a funcionar, a arma foi puxada pelo campo magnético, bateu no aparelho e disparou, acertando Novaes. Por pouco funcionários não foram feridos.

O advogado foi socorrido com um ferimento na região do abdômen e desde então estava internado, mas não resistiu e morreu no dia 6 de fevereiro.

Durante as investigações, um laudo do Instituto de Criminalística (IC) considerou que, conforme as informações de segurança que foram feitas pela equipe da clínica antes do exame, o advogado foi “negligente” ao entrar na sala portando a pistola. Ele também colocou a “integridade física e demais pessoas em risco”.

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