Prefeitura pretende demolir construção que virou cracolândia, onde ex-modelo foi morta

Veja a nota enviada exclusivamente ao Cotia e Cia nesta quinta-feira (2)

Imóvel abrigava o antigo salão Cotia Hall. Foto: Rudney Oliveira / Cotia e Cia

Reportagem: Neto Rossi

A Prefeitura de Cotia disse nesta quinta-feira (2) que está procedendo o pedido judicial para demolição sumária do imóvel onde funcionava o salão de eventos Cotia Hall. O local, que fica às margens do km 31 da rodovia Raposo Tavares, há anos, virou uma cracolândia e abrigo para pessoas sem-teto. Foi lá que a ex-modelo Aline Laís Lopes, 34, foi asfixiada e carbonizada na semana passada [LEIA MAIS SOBRE O CASO AQUI].

Em nota enviada ao Cotia e Cia, a Prefeitura explicou que em janeiro de 2022, a Secretaria Municipal de Governo solicitou, via ofício, que a Secretaria de Habitação e Urbanismo elaborasse um laudo técnico do imóvel que apontasse a real situação do local, bem como fizesse a identificação e notificação do proprietário solicitando a interdição do local. Mas, segundo a Prefeitura, o proprietário foi notificado e não tomou nenhuma providência.


Lado interno do imóvel é tomado por lixos e restos de comida. Foto: Israel Fávaro


Diante disso, em fevereiro de 2022, a Prefeitura detalhou que a Secretaria de Governo encaminhou um ofício solicitando à Secretaria de Assuntos Jurídicos e da Justiça que movesse uma ação judicial para que o Executivo pudesse fazer a demolição de forma compulsória do imóvel, que está com sua estrutura comprometida, conforme laudo da Secretaria de Habitação e Urbanismo.

“A Prefeitura já está procedendo o pedido judicial para demolição sumária das referidas construções”, disse.

A administração municipal também reforçou que equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social, com o apoio da Guarda Civil, realizam abordagens acolhedoras, cuidados de higiene, oferta de atendimento psicossocial e oportunidade de reintegração social a cada uma das pessoas que se abrigam no local.

“O fato é que, em sua maioria, são pessoas dependentes de drogas e álcool que necessitam de amparo, acolhimento, tratamento e de um atendimento direcionado. O patrulhamento da Guarda Civil é feito de forma técnica e intensificada nos arredores de locais como esse, com o objetivo de manter a integridade dos dependentes químicos, assim como dos moradores e transeuntes”, concluiu a nota.

  

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