Polícia prende integrantes de quadrilha Pix que agiam em Cotia e região

Quadrilha usava perfis falsos de mulheres em aplicativos de relacionamentos para atrair as vítimas; veja a reportagem

Cativeiro usado pela quadrilha. Foto: Polícia Civil

A Delegacia Seccional de Carapicuíba deflagrou na semana passada uma operação para dar cumprimento à 11 mandados de prisão temporária e 20 mandados de buscas domiciliares. O objetivo da operação era desarticular uma organização criminosa que vinha realizando sequestros de pix em Cotia e em outras cidades da Grande São Paulo. Seis criminosos foram presos. A operação contou com a atuação de 70 policiais civis.

De acordo com a investigação, o ‘modos operandi’ de agir dos criminosos era sempre o mesmo: eles usavam perfis falsos de mulheres para atrair as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento. A operação é resultado de investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Cotia, sob a presidência do Delegado de Polícia Adair Marques.

INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES

Tudo iniciou na madrugada do dia 4 de março deste ano. Um homem havia conhecido uma suposta mulher através de um aplicativo de relacionamento. Ele então começou a trocar mensagens pelas redes sociais com ela, até a marcação do encontro.

Ao chegar no local combinado, de acordo com o delegado Adair, a vítima foi abordada por dois indivíduos armados, que a renderam e a levaram para um cativeiro, de onde conseguiu fugir durante a madrugada.

A vítima teve seu veículo, carteira com dinheiro, documentos e cartões bancários roubados pelos criminosos, além de ter sido obrigada a fornecer a senha de seus aplicativos bancários e cartões para a realização de compras e transferências via pix. O total do prejuízo foi de aproximadamente R$ 110 mil.

APÓS O CRIME

Após o crime, foram iniciadas as primeiras diligências investigatórias. No entanto, com o desenvolvimento das investigações, a polícia identificou a existência de uma verdadeira organização criminosa composta por dezenas de pessoas, estruturada para a prática de roubos continuados com restrição de liberdade e extorsões (os chamados “sequestros de pix”) na Grande São Paulo.

A polícia identificou que o grupo possui uma célula financeira formada por indivíduos que eram responsáveis pelo escoamento e lavagem dos valores obtidos com os sequestros. Já as demais etapas anteriores dos delitos, como o arrebatamento e a custódia das vítimas no cativeiro, eram de responsabilidade de outros integrantes da quadrilha, todos devidamente identificados.

Na operação, a Polícia Civil prendeu seis integrantes da quadrilha, além de apreender diversos materiais que evidenciavam os crimes investigados. As diligências ainda estão em curso para a captura dos criminosos ainda não localizados.
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