Uma pessoa foi capturada e outra ainda está foragida; veja a reportagem
Aline Laís Lopes, 34, foi brutalmente assassinada. Foto: Reprodução / Redes sociais |
A Polícia Civil de Cotia cumpriu, neste sábado (4), mandados de prisão contra duas pessoas envolvidas na morte da ex-modelo Aline Laís Lopes, de 34 anos. A vítima teve o corpo carbonizado após ser asfixiada no prédio do antigo Cotia Hall, conhecido como Cracolândia de Cotia (LEIA SOBRE O CASO AQUI).
A polícia conseguiu capturar a mulher trans de nome social Júlia (Lucas Francisco Rosa de França) em sua residência no bairro Quinta dos Angicos, em Cotia. Ela foi indiciada por homicídio qualificado. Já Igor Santos de Moraes, indiciado por ocultação de cadáver, continua foragido. O mandado de prisão foi expedido pela Vara Plantão 52ª CJ, de Itapecerica da Serra.
Igor Santos de Moraes continua foragido |
Segundo as investigações, Júlia atraiu Aline para o antigo Cotia Hall. Em seu depoimento à polícia, Júlia contou que imobilizou Aline enquanto Micheli – que está presa - a enforcava. Ela disse que a ex-modelo foi enforcada "até ficar roxa".
Tanto Júlia quanto Igor foram ouvidos e liberados logo em seguida, nesta semana. O mandado de prisão contra eles só foi expedido neste sábado.
MOTIVAÇÃO DO CRIME
Segundo a Polícia Civil de Cotia, que colheu depoimentos de moradores e frequentadores da cracolândia, o crime foi arquitetado por Micheli de Andrade Ferraz, de 30 anos.
Micheli, que foi transferida para a cadeia feminina de Barueri, é definida nos depoimentos como uma pessoa "cruel, maldosa", além de "bastante possessiva" em relação ao companheiro Paulo Lamartine Pereira Alexandria, de 34 anos. A motivação, inclusive, seria o fato de que Aline, viciada em crack, estaria transando com Paulo em troca de mais droga.
Para a delegada Mônica Gamboa, responsável pelo caso, a motivação do crime já está delineada. “Foi por ciúmes e inveja. Inveja porque a menina era bonita, e ciúmes do Paulo, que não teve participação no crime. O Paulo não acobertou a ação. Assim que ele ficou sabendo do crime, brigou com ela [Micheli], está sem falar com ela. A travesti segurou o braço da vítima e o rapaz [Igor] levou o corpo carbonizado para a passarela. Ele achou que fosse um cachorro. Mas como ele iria ganhar as pedras de crack em troca, ele levou mesmo assim”, disse.
Por causa do estado em que o corpo foi encontrado, a identificação da vítima só foi possível por meio de exame de DNA. Aline foi enterrada na quarta-feira (1º).