Veja o que diz a nota enviada ao Cotia e Cia dois dias depois da publicação de um estudo que coloca a cidade em 7ª no ranking de desmatamento em SP
Após manter silêncio sobre um estudo que coloca Cotia como a 7ª cidade no ranking de desmatamento no estado de São Paulo, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, enviou uma nota na tarde desta quinta-feira (2) ao Cotia e Cia.
O estudo ao qual a reportagem se refere faz parte do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, uma parceria entre MapBiomas, SOS Mata Atlântica e Arcplan. Os dados foram divulgados na terça-feira (31).
O município que mais desmatou Mata Atlântica no estado paulista, no mesmo período, foi Eldorado, seguido por Alto Alegre e Embu das Artes.
CONTATO NÃO RESPONDIDO
Cotia e Cia entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Cotia na manhã de ontem (1º) com os seguintes questionamentos:
- O que fez com que Cotia chegasse nesse patamar de desmatamento? Houve falha ou ausência de fiscalização?
- Ciente desses dados, como o município pretende alterar este cenário e coibir esse tipo de prática criminosa?
A reportagem foi publicada seis horas depois, sem nenhuma manifestação do Poder Executivo.
APÓS PUBLICAÇÃO DA REPORTAGEM
Mas, na tarde desta quinta, um dia depois da publicação da reportagem, a administração municipal resolveu responder. E a nota você lê na íntegra, abaixo:
"A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de Cotia informa que, por meio da Guarda Civil Ambiental, e em parceria com a Polícia Militar Ambiental, realiza fiscalizações periódicas em toda a extensão do município, fiscalizando e apurando todas as denúncias de desmatamentos ilegais recebidas. As ações de fiscalização foram intensificadas em conjunto com a Secretaria de Habitação e Urbanismo para conter os parcelamentos/loteamentos irregulares de áreas no município, visando evitar danos ambientais e desmatamentos criminosos.
Importante mencionar que a Lei Municipal 1.989/2017 autoriza que o município analise e licencie pedidos de supressão de árvores somente isoladas e que não estejam em Área de Preservação Permanente (APP) e não façam parte de fragmento florestal.
Todo pedido de licenciamento para supressão de árvores em fragmento florestal, independentemente da quantidade ou da área, só pode ser emitido pela CETESB e o município não tem autonomia para se contrapor a isso, embargando ou impedindo as supressões devidamente autorizadas pela agência ambiental estadual.
Importante destacar que a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente oportunizou o plantio de milhares exemplares arbóreos ao longo de 2022 por meio de ações de distribuição de mudas com acompanhamento, monitoramento e certificação do plantio realizado. Parte dos plantios foi realizada pela população que recebeu as mudas da Secretaria, e parte em ações realizadas pelo Departamento de Educação Ambiental da secretaria."