Nas redes sociais, frequentadores da igreja se manifestaram contra a atitude do sacerdote; Diocese de Osasco informou ao Cotia e Cia que vai apurar o caso; confira a reportagem
Paróquia de São Pio X. Foto: Google imagens |
O último caso ocorreu na noite deste domingo (30). Segundo Lidia Bandelli, que tem um filho de 1 ano e meio, no fim da missa, na hora dos avisos, seu filho começou a correr, brincando, mas não estava fazendo nenhum barulho, apenas do sapatinho.
“O padre pediu que alguém segurasse meu filho. Uma senhora da acolhida pegou meu filho e saiu da igreja. Meu marido foi atrás. Me senti totalmente frustrada com a situação. Fiquei indignada por pegarem meu filho sem minha autorização", relatou.
O caso não é isolado. Em maio, Sônia Luiza Martins estava com seu filho, que é autista, em uma missa da paróquia. O padre pediu para ela e a criança se retirarem do local. "O padre disse para eu dar umas voltinhas com ele, porque ele estava atrapalhando”, disse.
Por ser autista, ela conta que seu filho de 2 anos teve uma crise assim que ela foi pegá-lo. “Quando peguei pra sair de dentro da igreja, ele surtou, entrou em crise de descontrole, se jogou no chão, chorou, esperneou, se contorceu por vários minutos", disse.
O comportamento do padre foge do que é pregado pela própria igreja católica. Em 2014, por exemplo, o Papa Francisco, líder máximo da igreja, chegou a falar sobre o assunto. "As crianças choram, fazem barulho em todos os lugares. Mas nunca podemos expulsar as crianças que choram na igreja”, disse.
O Cotia e Cia entrou em contato com a Diocese de Osasco, que responde pela igreja da paróquia São Pio X. Em nota, a Diocese informou que os fatos serão apurados pelos responsáveis da Cúria Diocesana. “De antemão, declaramos que a Diocese de Osasco não concorda com a conduta do sacerdote, relatada pelos fiéis", disse.
A reportagem pediu o contato do padre Marcelo Pereira para a diocese, que até o término dessa reportagem não havia nos enviado. O espaço segue aberto caso o padre queira se manifestar.