Vítima, de 20 anos, disse em depoimento à Polícia Civil que teve arma apontada na cabeça, que foi algemada e obrigada a fazer sexo oral; caso foi registrado na DDM de Barueri
Imagem ilustrativa / Agência Brasil |
A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (11), dois homens, um de 26 e outro de 38 anos, suspeitos de algemar e estuprar uma mulher de 20 anos no Jardim Stella Maris, em Cotia.
A própria vítima foi quem acionou a Guarda Civil Municipal (GCM). Ela narrou o estupro aos guardas e eles foram até a casa citada pela mulher. Os dois homens estavam no local e foram levados até a delegacia para prestar depoimento.
Na delegacia, a vítima contou que estava saindo da casa de uma tia quando os dois suspeitos a abordaram de carro e ofereceram carona até a casa dela. Ela disse que o caminho foi desviado e a levaram até a residência de um deles.
Ainda em depoimento, a vítima narrou que um dos homens apontou uma arma em sua cabeça e a obrigou a fazer sexo oral. Ela ainda contou que o outro homem a algemou, mas que conseguiu escapar. Foi neste momento que a vítima pediu ajuda para a GCM.
No depoimento, a mulher também revelou que conhecia um dos suspeitos. Que frequenta os mesmos bares que ele no bairro. A vítima, segundo a Polícia Civil, tinha lesões nos braços. Foi expedida requisição ao Hospital Pérola Byington para realização de exame de corpo de delito/sexológico, tratamento psicológico e médico.
Segundo o delegado do caso, “o relato da vítima é firme e coerente no sentido de confirmar a grave ameaça, produzida mediante arma de fogo - não encontrada – e a utilização de uma algema, sendo que, após praticar sexo oral sem consentimento em um dos agentes, ser algemada e quase ter sua calça retirada abruptamente, ela teria se desvencilhado de ambos e alcançado a via pública, encontrado auxílio na Guarda Municipal, que retirou a algema e a conduziu à delegacia.”
Já a versão dos suspeitos atribui, em grande parte, a responsabilidade da conduta à própria vítima, dizendo que ela mesma teria comparecido ao local e que o uso da algema teria sido uma mera “brincadeira”.
“Embora neguem a prática de atos libidinosos e a existência de arma de fogo, a simples prática de sexo oral sem consentimento da mulher, sob qualquer pretexto, já caracteriza o crime de estupro, acrescido ao fato de que a mantiveram, sob certo lapso de tempo, no interior da residência, algemada”, concluiu o delegado.
Os dois suspeitos tiveram prisão preventiva decretada por crimes de estupro e cárcere privado. O crime foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri.