Ele foi socorrido até uma unidade de saúde por membros do próprio time; equipe também relata omissão do árbitro da partida e falta de organização da Secretaria de Esportes de Cotia; veja os detalhes na reportagem
Fotos: Reprodução / Instagram |
Reportagem: Neto Rossi
Um jogador de 21 anos do time Real Comunidade, do Morro do Macaco, em Cotia, passou mal nos acréscimos do 2º tempo da partida contra o time Oliveiras Futebol Clube no último domingo (24). O jogo aconteceu no campo do km 26 durante o Campeonato Municipal de Futebol, organizado pela Prefeitura de Cotia por meio da Secretaria de Esportes e da Juventude.
De acordo com o Real Comunidade, o jogador David Fernandes estava com falta de ar e chegou a perder a consciência em campo. Como no local não havia ambulância e nem equipe de assistência médica, ele foi socorrido por membros do próprio time até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Atalaia.
A técnica do time, Camila da Silva, foi quem levou David até a UPA. Ela disse que no trajeto ele foi reclamando que não estava sentindo as pernas. Ele foi atendido e medicado na unidade. Fez exames e foi dispensado com alguns medicamentos.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Esportes e da Juventude não se posicionou sobre o caso.
“OMISSÃO” DO ÁRBITRO
O time Real Comunidade ainda relatou que o árbitro da partida foi omisso. Segundo a equipe, assim que David caiu no campo, o juiz passou por ele e o mandou levantar, “insinuando que o jogador estaria enrolando ou querendo ganhar tempo”.
“Jogadores do time adversário também o chamaram e ele mandou seguir o jogo, porém o jogador @davidfernandes74 camisa 7, já estava sem ar e pedindo por socorro, com essa situação os jogadores do Real foram socorrer. Nesse momento o adversário faz um gol. Sim, com um jogador no chão ignorado pelo juíz!”, disse o time em publicação nas redes sociais.
O Real ganhava por 2X1, mas como o árbitro não parou a partida para atender o jogador que estava caído no campo, o Oliveiras marcou o segundo gol e empatou o placar. Diante disso, o Real Comunidade se sentiu prejudicado e foi até a Secretaria de Esportes e da Juventude nesta terça-feira (26) formalizar a denúncia.
Assim que saiu da Secretaria, a técnica do Real disse que, para recorrer, um dos organizadores do campeonato informou que o time deveria comprar um galão de tinta de 18 litros e um par de rede de gol. “Traduzindo, a gente ainda precisa desembolsar um valor para tentar recorrer, sem nem saber se vai dar certo”, disse.
Cotia e Cia pediu um posicionamento sobre esse detalhe para a Secretaria de Esportes e da Juventude e aguarda retorno. A reportagem não conseguiu fazer contato com o árbitro.