Bebê testa positivo pra Covid-19 no Hospital de Cotia e consegue vaga em UTI após 3 dias

Família teve que procurar o Ministério Público diante da falta de vaga em UTI, que só saiu na noite de hoje; bebê de 1 ano e 5 meses ficou intubado todo este tempo

Bebê de 1 ano ficou três dias intubado no PS do Hospital de Cotia


Por Neto Rossi

Um bebê de um ano e cinco meses testou positivo pra Covid-19 na tarde desta quinta-feira (2) no Hospital Regional de Cotia, onde ele está internado desde segunda-feira (30) com problemas respiratórios à espera de um leito em UTI infantil. A vaga, no entanto, só saiu nesta noite, ou seja, três dias após a sua entrada na unidade de saúde estadual.

O bebê, que ficou todo este tempo intubado no Pronto-Socorro, será transferido ainda hoje para o hospital de Itapecerica da Serra, segundo informou a família.

A mãe do menino contou ao Cotia e Cia que ele já esteve internado por problemas respiratórios, mas nunca precisou de intubação. Ela relatou que seu filho tem bronquiolite com pneumonia bacteriana.

A avó materna do bebê chegou a procurar o Ministério Público para abrir um termo de declaração sobre a falta de vaga para seu neto. De acordo com o documento, ela relatou que a médica responsável pelo menino informou que ele necessitaria “ser transferido urgentemente para uma UTI infantil, mas que o Hospital de Cotia não dispõe de leitos”.

Ainda de acordo com o relato da avó ao MP, o sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) do estado de São Paulo informou que o bebê teria que aguardar a vaga na fila.

Antes mesmo de sair a vaga na UTI, Cotia e Cia fez contato com a Cross por meio da Secretaria de Estado da Saúde. Em nota, a Cross informou que estava monitorando o caso do paciente e que já estava auxiliando no pedido de transferência para unidade de referência.

“Cabe também deixar claro que a Cross é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência e funciona 24 horas por dia. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso”, finalizou.
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