Morre, aos 64 anos, Oscar Ramos Filho, cidadão cotiano

O primeiro fliperama de Oscar ficava no centro de Cotia, onde hoje é o Hotel Nova Vida. Depois, teve mais três fliperamas, todos na região central da cidade. Ele deixa três filhos, dois netos e muitas amizades

Oscar Ramos Filho, 64, cidadão cotiano


Por Neto Rossi

Escrevo este texto, em primeira pessoa, para fazer uma singela homenagem ao meu tio-avô Oscar Ramos Filho, que faleceu, aos 64 anos, na manhã desta segunda-feira (14) chuvosa dentro de sua casa, no Jardim Central, em Cotia. Ele será velado e enterrado nesta terça-feira (15) no Cemitério Municipal Jardim das Flores, no km 30 da rodovia Raposo Tavares. A causa da morte, até a publicação deste texto, ainda não tinha sido definida. 

Oscar – ou Oscarzinho, como era chamado por alguns – deixará saudade e boas lembranças na memória de quem o conheceu. Brincalhão, gostava de fazer uma piada e não media palavras para enaltecer seu time de coração, o Corinthians. Foi ele, inclusive, que ensinou a minha filha, hoje com 6 anos, a dizer a frase: ‘vai, Corinthians’ – que ela repete até hoje, mesmo não sabendo se é corintiana ainda.

Oscar era dono de um bar e um fliperama que fica no mesmo terreno de sua casa, onde eu e meus amigos na infância passávamos dias e noites jogando Street Fighter, The King Off Fighters, entre outros jogos. A rotina era fliperama, tubaína tuti-fruti e salgadinho de ‘isopor’ depois da escola.

Mas, o primeiro fliperama que ele teve, foi na década de 1980, no centro de Cotia, onde hoje é o Hotel Nova Vida. Depois, ainda teve fliperama em mais três lugares, todos na região central da cidade.

Oscar tinha mais duas paixões: a pesca e o futebol. Eu não sei se tudo o que ele dizia era verdade, mas assim como um bom pescador, sempre voltava para casa com boas histórias. Já no futebol, era zagueiro ‘raiz’ – aquele que não deixava passar nada.

Jogador de truco, contador de histórias e um homem de família. Oscar deixou três filhos, meu xará Neto, de 34 anos, Matheus, de 22, e a Patrícia, de 24. E também dois netos, o Arthur, de 4 anos, e a Manuella de 3 anos.

Meu tio era diabético, teve que amputar uma perna por conta da doença. Uma fase muito difícil essa, que eu cheguei a acompanhar de perto. Mesmo assim, ele nunca perdeu sua alegria e seu bom humor. Zoava com todo mundo, até com ele mesmo.

Ele até tinha uma ‘cara de mau’, mas só na aparência, pois quem o conheceu sabe, que ele tinha medo até de mariposa e barata. Uma figura!

Assim que comuniquei sobre o seu falecimento no grupo que tem meus amigos de infância, todos lamentaram e começaram a lembrar de suas piadas e seu jeito de ser. Uma lenda!

Vá em paz, tio Oscar! E obrigado pelos momentos que passamos juntos. Que a minha avó, dona Lúcia, sua irmã de coração que morreu há exatamente 5 meses, possa o receber de braços abertos. Por aqui, sentiremos sua falta, mas nos lembraremos sempre de sua alegria. Muito obrigado!











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