Escola em Cotia inicia ano letivo sem professores em duas salas de aula

Diretor da escola acabou assumindo as atividades em sala de aula, enquanto a unidade aguarda contratação de professores; Secretaria de Educação comentou o assunto; confira

Problema ocorre na E.M Otília, no Jd Sabiá. Foto: Reprodução


O ano letivo em Cotia iniciou na quinta-feira da semana passada, dia 03/02. Porém, para os alunos de duas salas do Ensino Fundamental da Escola Municipal Otília Freire dos Santos Shimada, localizada no Jardim Sabiá, não foi da mesma forma.

Ronaldo Marques, pai de um aluno do segundo ano, disse que ao chegar na unidade na quinta-feira, foi surpreendido com a informação de que não tinha professor para o seu filho.

“O diretor fez a chamada dos alunos, ano por ano, quando chegou no 2º ano B achei estranho porque não tinha professor. Tinha uma coordenadora que estava organizando as crianças em fila e mandou para a sala de aula. Chegou no 2º C, tinham só dois alunos, meu filho e mais um. Quando eu perguntei sobre a professora, fui informado que não tinha nem para o 2º B e nem para o 2º C. Não tinha nem professor substituto”, relata Ronaldo, que disse que seu filho ficou fazendo palavras cruzadas no que seria o primeiro dia de aula.

Em mensagem no grupo da escola, a direção informou que, enquanto não houvesse professor, o diretor assumiria as aulas. “Essa semana ainda teremos um professor. É questão de atribuir um que não tenha problemas com acúmulo e outras questões”, diz o texto enviado.

Em nota enviada ao Cotia e Cia, a Secretaria Municipal de Educação informou que, nesta terça-feira (8), foi realizada uma atribuição de professores que serão contratados através da nomeação de um concurso público de 2017. A pasta também afirmou que, nesta quinta-feira (10), será realizada nova atribuição para os professores adjuntos “que poderão escolher as vagas remanescentes no município”.

“Salientamos também que foi iniciado um processo seletivo para contratação docente, visando o preenchimento de vagas de professores na rede municipal de ensino”, diz a nota.

Diante do problema, Ronaldo se sente frustrado com toda essa situação. “Passou o ano inteiro com pandemia, as aulas escassas, eu paguei um reforço escolar para o meu filho não ficar tão defasado. Aí, agora, quando chega no 2º ano, não tem professor. Se eu tivesse condições, o colocaria em uma escola particular para ter um aprendizado digno”, desabafa.

Postagem Anterior Próxima Postagem