Nível mais baixo do que está hoje foi registrado em fevereiro de 2015
Alto Cotia está operando hoje (28/12) com 36,8% de sua capacidade. Foto: Reprodução |
O nível do Sistema Alto Cotia está operando com 36,8% de sua capacidade nesta terça-feira (28). O número é o mais baixo desde 25 de fevereiro de 2015, quando o sistema operava com 36,4%.
Se for comparar com o mês de dezembro, o Alto Cotia não registrava um nível tão baixo desde 2014, quando operava com 31,6%. Na mesma data do ano passado, o nível da represa era de 62,1%.
A represa começou 2021 operando com 63,9% de sua capacidade e chegou a 81,5%, em março, maior nível do ano. Mas, em abril, começou a diminuir e não parou mais, chegando a operar com metade da capacidade no final de setembro.
O sistema Alto Cotia abastece também as cidades de Embu, Embu-Guaçu, Vargem Grande Paulista e Itapecerica da Serra, totalizando 1,3 milhão de pessoas dependentes do reservatório.
CANTAREIRA
O nível do Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água para 46% da população da região metropolitana de São Paulo, também é o mais baixo dos últimos seis anos para um mês de dezembro. Hoje (28), o sistema opera com 24,5% de sua capacidade, um quarto do que comporta, de acordo com o boletim informativo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Nestes últimos seis anos, o menor volume para o mês de dezembro registrado no Cantareira havia ocorrido em 2015, quando sistema precisou operar abaixo de sua capacidade e utilizar a reserva técnica, chamada de volume morto.
Desde então, a maior capacidade observada no sistema para um dia 27 de dezembro ocorreu em 2016, quando o Cantareira registrou o volume de 46,1%, quase o dobro do que foi marcado hoje.
Os demais sistemas também registram uma capacidade menor do que a registrada em 2013, poucos meses antes do estado paulista enfrentar sua mais grave crise hídrica.
O volume do Alto Tietê está atualmente em 29,4%; do Guarapiranga em 56%; do Cotia em 36,8%; do Rio Grande em 82,6%; do Rio Claro em 46,4%; e, do São Lourenço, em 75,4%.
Em 2013, para comparar, o volume do sistema Rio Claro estava acima de 100% e, o de Cotia, acima de 75%.
SABESP DIZ QUE NÃO HÁ RISCO DE DESABASTECIMENTO
A Sabesp informou, no entanto, que não há risco de desabastecimento para a região metropolitana de São Paulo neste momento, mas reforçou que há necessidade de que as pessoas façam um uso consciente da água.
Segundo a Sabesp, a região metropolitana de São Paulo é composta por sete mananciais e, com isso, é possível a transferência de água entre eles, conforme a necessidade operacional.
“Um conjunto de medidas vem sendo adotado para a segurança hídrica e preservação dos mananciais em momentos como o atual: integração do sistema (com transferências de água rotineiras entre regiões), ampliação da infraestrutura e gestão da pressão noturna para maior redução de perdas na rede”, informou a companhia, em nota.
Para evitar o desperdício de água, a Sabesp criou o site Eu Cuido da Água, com dicas para o consumidor. Entre as medidas que podem evitar o desperdício, estão o ato de ensaboar a louça toda a louça antes de enxaguá-la; tomar banhos mais curtos e evitar a lavagem de veículos.