Raquel perdeu a visão do olho direito após sentir fortes dores de cabeça, mas está sem diagnóstico, que só pode ser concluído após exame de ressonância magnética; como o HRC não faz, paciente tem que aguardar até o dia 14 de dezembro
Raquel Santana, 24. Foto da paciente enviada ao Cotia e Cia |
Raquel Santana de Moura, de 24 anos, está internada na ala da maternidade do Hospital Regional de Cotia desde a terça-feira da semana passada, dia 9 de novembro.
Ela será obrigada a ficar na unidade até o dia 14 de dezembro para fazer um exame de ressonância magnética no Hospital do Mandaqui, em São Paulo, pois a unidade em Cotia não tem o aparelho.
O exame de ressonância é necessário para o diagnóstico da paciente.
No dia 5 de novembro, Raquel começou a sentir dores de cabeça muito fortes, que chegaram a causar estrabismo no olho direito com perda completa da visão. Ela então procurou um oftalmologista que a recomendou passar por um neurologista, com urgência.
Mas como as dores de cabeça persistiram, ela procurou atendimento na UPA do Atalaia. O clínico que a atendeu teria dito a ela que nunca tinha visto algo parecido e a manteve na unidade para medicá-la.
Na noite seguinte, Raquel foi transferida para o Hospital de Cotia, onde permanece sem a visão do olho direito e sem diagnóstico, até hoje.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que Raquel está recebendo “toda a assistência necessária, com realização de demais exames adequados ao caso para definição de diagnóstico”.
“Todas as orientações têm sido prestadas diariamente à própria paciente, que apresenta quadro clínico estável. Todas as condutas, inclusive altas hospitalares, são tomadas com base em protocolos médicos”, disse a secretaria ao Cotia e Cia.
A pasta, no entanto, não comentou o fato de a paciente ter que aguardar um mês internada para realizar o exame.
Segundo informações de familiares de Raquel, o neurologista que passou em seu quarto nesta terça-feira (16) disse que, por ele, daria alta para ela, pois não fazia sentido manter a paciente internada por 30 dias para fazer o exame.
Os familiares de Raquel também criticam que as informações não são passadas diretamente para eles, mas sim para a paciente.
O que Raquel apenas deseja é realizar o exame o quanto antes para poder iniciar o tratamento.