Dia da Consciência Negra não é feriado em Cotia

Em todo o Estado de São Paulo, o feriado é instituído em 102 municípios. Na região oeste da Região Metropolitana, apenas Carapicuíba, Itapevi e Jandira celebram o feriado

Zumbi dos Palmares. Foto: Divulgação



Neste sábado (20), quando é comemorado o Dia da Consciência Negra, em mais de mil cidades brasileiras a data é feriado. Mas, em Cotia não, pois o município já tem o limite máximo de feriados permitidos. A data, quando cai em dia de semana, é apenas ponto facultativo.

Em todo o Estado de São Paulo, o feriado é instituído em 102 municípios. Na região oeste da Região Metropolitana, apenas Carapicuíba, Itapevi e Jandira celebram o feriado.

EVENTOS CULTURAIS

Mesmo não sendo comemorado feriado, o município de Cotia prepara uma programação especial para celebrar o Dia da Consciência Negra. A data será marcada por apresentações culturais, capoeira, música, exposições, diálogos, palestras, entre outros.

Os eventos acontecerão no formato presencial, no Paço Municipal, e on-line, nas redes oficiais do Instituto Gira-Sol.

Confira a programação completa aqui.

O QUE É E QUAL A ORIGEM DA CONSCIÊNCIA NEGRA?

O Dia da Consciência Negra é comemorado na data da morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro. Ele foi o último líder do maior dos quilombos do período colonial, o Quilombo dos Palmares.

A data foi incluída no calendário escolar nacional em 2003 e em 2011 a Lei 12.519 instituiu oficialmente a data como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

Consciência negra é um termo que ganhou notoriedade na década de 1970, no Brasil, em razão da luta de movimentos sociais que atuavam pela igualdade racial, como o Movimento Negro Unido.

O termo é, ao mesmo tempo, uma referência e uma homenagem à cultura ancestral do povo de origem africana, que foi trazido à força e duramente escravizado por séculos no Brasil.

Segundo o professor de sociologia, Francisco Porfírio, em artigo publicado no UOL, a consciência negra é “um misto de conscientização da importância do preto na sociedade, do reconhecimento do valor, da cultura e da luta de pessoas pretas que não se calaram e levantaram a cabeça contra o racismo”.

“Apesar do protagonismo negro nessa consciência — que mais do que uma ideia ou conceito, é uma espécie de prática que dá ‘movimento’ aos movimentos sociais —, podemos esperar que, a partir do choque com a consciência negra, as pessoas brancas repensem suas práticas”, escreveu.





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