Selma Fajardo, que leciona na E.E. Vila São Joaquim II, usou uma rede social para desabafar e também criticar a gestão do estado de SP em relação às aulas presenciais. “Voltei a trabalhar, fui apenas 3 dias na escola e contraí o vírus”
Selma Farjado ficou dez dias internada e se recupera em casa. Foto: Reprodução / Rede social |
A professora Selma Farjado, que leciona na Escola Estadual Vila São Joaquim II, localizada no Jd. Leonor, em Cotia, usou seu perfil em uma rede social para fazer críticas às aulas presenciais em meio à pandemia.
Em sua publicação, ela afirma que contraiu a Covid-19 durante o retorno do ensino presencial, ficou internada, mas já está se recuperando em casa. Por outro lado, seu filho, de 32 anos, encontra-se na UTI com a doença.
“Passei 10 dias internada, necessitando do auxílio do respirador para sobreviver. Graças a Deus consegui vencer, estou terminando minha recuperação em casa. Mas não ficou por ai, infelizmente hoje meu filho de 32 anos se encontra na UTI, pois foi contaminado também”, disse.
“Me guardei, cumpri todos os protocolos, fiquei em casa o quanto pude, para preservar minha vida e de meus familiares. Mas chegamos em 2021 e o Secretário da Educação do Estado de São Paulo, senhor Rossieli Soares da Silva garantiu e afirmou que as escolas eram ambientes seguros, pois bem, voltei a trabalhar, fui apenas 3 dias na escola e contrai o vírus”, complementou.
Selma disse que reconhece a importância da escola em todas as dimensões, mas os dados atuais da pandemia indicam o pior momento desde o seu início. “São funcionários, professores, alunos e responsáveis todos em risco, por um capricho do sr Secretário, que por vaidade, interesse político ou sei lá o que, não se importa com as vidas das nossas crianças, nem da equipe de funcionários, gestores e professores que atuam para o funcionamento da escola.”
De acordo com a Apeoesp (sindicato dos professores do estado), oficialmente foram registrados 12 casos de Covid-19 em profissionais da educação da rede estadual de Cotia, mas esse número pode ser maior, levando em consideração as subnotificações e também os casos que não são comunicados ao sindicato.