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Após detectar indícios de irregularidades em um cruzamento de dados, a operação, chamada de "Caça Laranja", tem como objetivo verificar se as empresas existem e operam normalmente. De acordo com a Receita, apesar de as nove entidades terem emitido notas fiscais em vendas de mercadorias ou prestações de serviços em 2014, elas não recolheram os tributos.
O órgão afirma ainda que as empresas investigadas não possuem nenhum empregado e que os endereços não são compatíveis com as atividades correspondentes ao suposto faturamento. “Nesse contexto, existem fortes indícios de que funcionam apenas como empresas ‘de fachada’ ou ‘noteiras’”, diz o comunicado enviado pela Receita Federal. Os nomes das entidades não foram divulgados por questão de sigilo.
Operação estadual
Em todo o Estado, 278 empresas que emitiram mais de R$ 6 bilhões de notas fiscais em 2014 devem ser vistoriadas durante todo o dia, segundo o órgão. A suspeita da Receita Federal é que elas sejam usadas para fins ilegais, acobertamento do verdadeiro fornecedor das mercadorias ou prestador dos serviços, criação de créditos tributários ilegítimos, sonegação, importações fraudulentas ou lavagem de dinheiro.
Caso sejam confirmadas as irregularidades, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) será imediatamente suspenso, impedindo que as empresas continuem emitindo documentos fiscais. Além dos aspectos tributários e administrativos envolvidos, os responsáveis pela criação e operação das empresas “laranja” poderão responder, também, no âmbito criminal, por eventuais crimes praticados com a sua utilização.