Carlos Mario Fraga Moreira (30) foi separado da mãe, Vera Lucia de Fraga (49), quando ainda era um bebê e foi trazido a um haras em Ibiúna, pelo pai, onde passou boa parte da vida.
Em 1984, após a separação do casal, o marido de Vera pediu para levar o menino a Bagé com a justificativa de visitar uma tia, porém eles nunca retornaram. Pouco tempo depois, a irmã do ex-marido disse que ele tinha ido embora do Rio Grande do Sul, onde Vera mora, para trabalhar como cozinheiro em um haras em São Paulo. O fato de ter levado a criança não era considerado crime, pois o pai tinha a certidão de nascimento e tantos direitos quanto a mãe.
Ela só encontrou o filho com ajuda do Facebook. Relacionou o nome com as semelhanças físicas e a localização. Uma irmã sua que vive em São Paulo visitou Carlos para confirmar a suspeita da mãe: era ele.
Ele também a procurava. Disse que perguntava sobre a mãe para o pai, mas ele sempre fugia do assunto. Na adolescência, chegou a solicitar o pagamento da passagem para o Rio Grande do Sul para o Juizado da Infância. Viria mesmo sem pista alguma. Porém, o pai não permitiu a viagem.
O reencontro aconteceu ontem (8), no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Vera o esperava com uma torta de bolachas, pois se preocupou se o filho estaria com fome: “Não sei se sei fazer comida para paulista. Dizem que lá o feijão é marrom. Não sei o gosto do Carlos. A última vez que o vi, só tomava leite e mingau.”, ela disse.
Carlos conta que viveu sempre no haras, em Ibiúna, no Interior paulista, e que o pai não lhe deixou faltar nada. Porém, a ausência da mãe sempre o incomodou. “Você vai crescendo, e vai vendo que todos teus amigos têm uma mãe pra dividir os problemas. Me senti sozinho muitas vezes. Agora que estou aqui, quero curtir bastante a mãe.” Ele falou. Também disse que prefere não remexer o passado, em respeito à memória do pai, morto há 14 anos. Diz: “ Isso já passou e a gente não pode voltar mais atrás, como meu pai já faleceu não tem como mexer no passado. Agora é aproveitar daqui pra frente”.
Ele retorna para São Paulo na segunda-feira. Mora em Francisco Morato com a esposa e a filha de 4 anos, onde trabalha como ajudante geral em um frigorífico.
Por Carolina Marins (Cotia e Cia)
*Diário Gaúcho e ZH Notícias
Em 1984, após a separação do casal, o marido de Vera pediu para levar o menino a Bagé com a justificativa de visitar uma tia, porém eles nunca retornaram. Pouco tempo depois, a irmã do ex-marido disse que ele tinha ido embora do Rio Grande do Sul, onde Vera mora, para trabalhar como cozinheiro em um haras em São Paulo. O fato de ter levado a criança não era considerado crime, pois o pai tinha a certidão de nascimento e tantos direitos quanto a mãe.
Ela só encontrou o filho com ajuda do Facebook. Relacionou o nome com as semelhanças físicas e a localização. Uma irmã sua que vive em São Paulo visitou Carlos para confirmar a suspeita da mãe: era ele.
Ele também a procurava. Disse que perguntava sobre a mãe para o pai, mas ele sempre fugia do assunto. Na adolescência, chegou a solicitar o pagamento da passagem para o Rio Grande do Sul para o Juizado da Infância. Viria mesmo sem pista alguma. Porém, o pai não permitiu a viagem.
O reencontro aconteceu ontem (8), no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Vera o esperava com uma torta de bolachas, pois se preocupou se o filho estaria com fome: “Não sei se sei fazer comida para paulista. Dizem que lá o feijão é marrom. Não sei o gosto do Carlos. A última vez que o vi, só tomava leite e mingau.”, ela disse.
Carlos conta que viveu sempre no haras, em Ibiúna, no Interior paulista, e que o pai não lhe deixou faltar nada. Porém, a ausência da mãe sempre o incomodou. “Você vai crescendo, e vai vendo que todos teus amigos têm uma mãe pra dividir os problemas. Me senti sozinho muitas vezes. Agora que estou aqui, quero curtir bastante a mãe.” Ele falou. Também disse que prefere não remexer o passado, em respeito à memória do pai, morto há 14 anos. Diz: “ Isso já passou e a gente não pode voltar mais atrás, como meu pai já faleceu não tem como mexer no passado. Agora é aproveitar daqui pra frente”.
Ele retorna para São Paulo na segunda-feira. Mora em Francisco Morato com a esposa e a filha de 4 anos, onde trabalha como ajudante geral em um frigorífico.
Por Carolina Marins (Cotia e Cia)
*Diário Gaúcho e ZH Notícias