Alunos de escolas estaduais em Cotia e em Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo, tem sido prejudicados pela falta de professores, como mostrou o SPTV desta sexta-feira (23). Estudantes do primeiro ano do ensino médio, de uma escola de Cotia, reclamaram da falta de aulas de física. Quase todos os dias, os adolescentes são dispensados mais cedo.
Na Escola Estadual Roque Celestino Pires, em Caucaia do Alto, distrito de Cotia, as aulas terminam 22h40. O SPTV mostrou que, na terça feira (20), antes das 22h não tinha mais ninguém nas salas de aula. Uma lista que fica na sala dos inspetores indicava que no mesmo dia teve turma que saiu ainda mais cedo devido à falta de professores.
“É bem raro ter todas as aulas na semana inteira. Às vezes, a gente vem para escola e tem uma aula só. Eles entregam a apostila para gente e querem que a gente desenvolva sozinho, mas tem que ter um professor para auxiliar a gente”, afirmou um aluno.
A reportagem mostrou a apostila de física do primeiro bimestre de uma aluna do primeiro ano da escola estadual em branco. “Não teve professor para dar aula dessa disciplina”, disse ao SPTV. Ela afirmou que, sem orientação do professor, não consegue fazer os exercícios propostos pela apostila. O irmão da adolescente, que já está no terceiro ano, relatou ter sofrido dificuldades semelhantes com a disciplina de química no primeiro ano.
“Química, que eu não tive no primeiro ano, está difícil entender no terceiro ano. Eu também tenho várias faltas de professor de sociologia e filosofia. Matemática foi só uma semaninha, mas já voltou. O professor de artes tirou licença prêmio”, afirmou Rudney oliveira.
Quando a aula termina antes do previsto,Junior um adolescente de 17 anos fica até uma hora e meia no ponto de ônibus.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou, em nota, que na Escola Estadual Roque Celestino Pires, a professora titular de física está em licença-saúde por ter passado por uma grave cirurgia. Por lei, ela não pode ser substituída por outro efetivo, as aulas são ministradas por docentes temporários. Um professor será deslocado para substituir a classe de física e outro docente já assumiu, na quarta-feira (14), as aulas de química. A secretaria afirma que será traçado um cronograma para repor o conteúdo das duas disciplinas.
Na Escola Estadual Valêncio Soares Rodrigues, em Vargem Grande Paulista, a situação não é diferente. Apesar de ter um jardim bem cuidado e circuito interno de câmeras, segundo pais e alunos, falta de professores prejudica o aprendizado.
“Desde o começo do ano não tem professora de geografia. Até chegou a vir uma depois foi embora. Desde então, começou a vir só eventual. O professor de português estava vindo, mas às vezes faltava. Segunda, tive duas aulas vagas. Na terça, tive uma”, disse.
O filho da ambulante Marinalva Nóbrega, que está no oitavo ano, também tem aulas vagas por falta de professor. “É comum, ele sempre fala que teve aula vaga, que não teve professor”, afirmou.
Com relação à escola Valêncio Soares Rodrigues, a secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou que as aulas de Geografia foram dadas por professor substituto. A professora titular, segundo a secretaria, está em licença.
Veja a reportagem:
Atualizado, reportagem foi ao ar no dia 26/08/2013
O Cotia e Cia acompanhou a equipe da rede Globo, veja algumas fotos:
Na Escola Estadual Roque Celestino Pires, em Caucaia do Alto, distrito de Cotia, as aulas terminam 22h40. O SPTV mostrou que, na terça feira (20), antes das 22h não tinha mais ninguém nas salas de aula. Uma lista que fica na sala dos inspetores indicava que no mesmo dia teve turma que saiu ainda mais cedo devido à falta de professores.
“É bem raro ter todas as aulas na semana inteira. Às vezes, a gente vem para escola e tem uma aula só. Eles entregam a apostila para gente e querem que a gente desenvolva sozinho, mas tem que ter um professor para auxiliar a gente”, afirmou um aluno.
A reportagem mostrou a apostila de física do primeiro bimestre de uma aluna do primeiro ano da escola estadual em branco. “Não teve professor para dar aula dessa disciplina”, disse ao SPTV. Ela afirmou que, sem orientação do professor, não consegue fazer os exercícios propostos pela apostila. O irmão da adolescente, que já está no terceiro ano, relatou ter sofrido dificuldades semelhantes com a disciplina de química no primeiro ano.
“Química, que eu não tive no primeiro ano, está difícil entender no terceiro ano. Eu também tenho várias faltas de professor de sociologia e filosofia. Matemática foi só uma semaninha, mas já voltou. O professor de artes tirou licença prêmio”, afirmou Rudney oliveira.
Quando a aula termina antes do previsto,Junior um adolescente de 17 anos fica até uma hora e meia no ponto de ônibus.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou, em nota, que na Escola Estadual Roque Celestino Pires, a professora titular de física está em licença-saúde por ter passado por uma grave cirurgia. Por lei, ela não pode ser substituída por outro efetivo, as aulas são ministradas por docentes temporários. Um professor será deslocado para substituir a classe de física e outro docente já assumiu, na quarta-feira (14), as aulas de química. A secretaria afirma que será traçado um cronograma para repor o conteúdo das duas disciplinas.
Na Escola Estadual Valêncio Soares Rodrigues, em Vargem Grande Paulista, a situação não é diferente. Apesar de ter um jardim bem cuidado e circuito interno de câmeras, segundo pais e alunos, falta de professores prejudica o aprendizado.
“Desde o começo do ano não tem professora de geografia. Até chegou a vir uma depois foi embora. Desde então, começou a vir só eventual. O professor de português estava vindo, mas às vezes faltava. Segunda, tive duas aulas vagas. Na terça, tive uma”, disse.
O filho da ambulante Marinalva Nóbrega, que está no oitavo ano, também tem aulas vagas por falta de professor. “É comum, ele sempre fala que teve aula vaga, que não teve professor”, afirmou.
Com relação à escola Valêncio Soares Rodrigues, a secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou que as aulas de Geografia foram dadas por professor substituto. A professora titular, segundo a secretaria, está em licença.
Veja a reportagem:
Atualizado, reportagem foi ao ar no dia 26/08/2013
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*Globo/G1/Cotia e Cia