Arte/Editoria G1 |
Duas pessoas o reconheceram por foto. O homem bateu em pelo menos dois carros e baleou um homem na barriga. O nome dele não foi revelado. Equipes da polícia procuravam o homem na noite desta segunda.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Antônio Manfrin, do 26º Distrito Policial, no Sacomã, disse acreditar que o homem tenha tido um "surto psicótico". "Estávamos em diligência, não temos notícias de que ele [o suspeito] tenha sido encontrado. Aparentemente não há motivação, a não ser um surto psicótico", afirmou.
O tenente da Polícia Militar Guilherme Willian Pacheco definiu a ação como um "dia de fúria". Segundo ele, a ação "foge do padrão de um assalto".
“Ele em um dia de fúria e loucura teria pego uma arma e um colete e efetuado vários disparos em via pública”, afirmou o tenente.
Os policiais chegaram até o suspeito após constatarem que ele é o dono do Corolla encontrado na Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul.
O Corolla, após derrapar, foi visto pela primeira vítima do criminoso, o taxista Elias da Silva, de 37 anos, que levava uma passageira para o aeroporto. Ele parou no semáforo e foi abordado pelo homem armado com uma pistola, provavelmente calibre 380.
Para o tenente, a ação foge do padrão, segundo relato das testemunhas que estiveram presentes durante todo o dia no 26º Distrito Policial, no Sacomã. “Em nenhum momento ele falou 'desce, que é um assalto', como a gente costuma ver. Ele atirou, depois tirava a pessoa de dentro do carro. Foge do padrão de um roubo normal."
Ação
Em alta velocidade, o criminoso que havia roubado o táxi nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, colidiu com um Fiat Brava na Avenida Presidente Tancredo Neves, próximo da Avenida Nossa Senhora das Mercês. Um Fiat Idea também foi atingido.
“Eu só ouvi a pancada. Foi tão forte que eu pensei que era um caminhão. Só pensava no meu filho”, afirmou David Neves, técnico em instalação de TV a cabo, que dirigia o Fiat Brava. A mulher dele, de 28 anos, e o filho, de 2 meses, tiveram que ser levados ao Hospital Cruz Azul, mas passavam bem. “Minha mulher deve ter uns arranhões, mas está em choque. Meu filho estava na cadeirinha. Eles estão só estão em observação. Está tudo bem.”
Depois da colisão, o criminoso deixou o carro e saiu atirando para todos os lados. Ele baleou o motorista de uma EcoEsport e tentou fugir no carro, mas não conseguiu. Posteriormente, o criminoso atirou contra um Logan. “Acho que ele queria o meu carro para fugir”, disse o engenheiro Ademir Carlos Guerretta, de 61 anos, que ia para o trabalho no Logan. O tiro atingiu o engenheiro de raspão no braço.
O ladrão abordou, então, a professora Ivete Souza Cruz, de 48 anos, que estava no Polo prata. “Ele atirava a esmo. Ele deu um tiro na maçaneta e tentou me tirar com cinto e tudo. Ele me arrancou do carro. Não tinha percebido que ele estava ferido, mas estou com a roupa toda suja de sangue dele”, disse professora.
À frente, já próximo à Rua Vergueiro, ainda na Avenida Presidente Tancredo Neves, ele colidiu com um ônibus. Para prosseguir em fuga, um Ford Ka foi roubado, com o qual seguiu até o Parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo. Nesse ponto, ele roubou um Celta e seguiu até a Ponte da Casa Verde.
O motorista da EcoEsport foi levado para o Hospital Heliópolis, onde passou para cirurgia. Segundo um familiar da vítima, a bala perfurou a barriga e ficou alojada na perna. Ele passava nesta tarde de segunda-feira.