Do:G1
O administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, de 34 anos, suspeito de provocar uma série de acidentes em São Paulo na manhã de segunda-feira (9), se entregou à polícia na noite desta quarta-feira (11).
Ele chegou junto com seu advogado e com a namorada por volta das 20h15 no 26º Distrito Policial, no Sacomã.
Costa afirmou que não tentou matar ninguém. Segundo ele, os tiros não foram disparados na direção das pessoas, mas nas maçanetas dos veículos. "Estava em fuga e pedia para as pessoas saírem do carro. Eu falava: 'sai, sai'. E elas não saíam. Eu atirava na fechadura para abrir o carro", afirmou.
Segundo as investigações, ele bateu em pelo menos dois carros e um ônibus, baleou um homem na barriga e feriu outro de raspão.
Costa afirmou que saiu de casa após seus cães latirem e ele pensar que haviam invadido sua casa. "Eu desci para pegar minhas coisas, para bater em fuga, para preservar minha vida. Nesse momento, fui pegar minha carteira, meu celular e eles tinham desaparecido. Só estavam lá a chave e o controle da garagem." Ele contou que já estava com a arma na cintura e o colete à prova de balas.
O administrador, que chegou de sandálias, bermuda e vários ferimentos pelo corpo, contou que já haviam jogado pedras em sua casa. E afirmou que por conhecer bem seus cachorros sabia que algo de errado estava contecendo. Ele disse que achava que estava sendo seguido por vizinhos. "Não estou imputando a eles a culpa. Eu não vi ninguém, ouvi só o barulho e os cães latindo", disse.
Costa afirmou que após parar o último carro roubado ainda sentia estar sendo perseguido e, por isso, se escondeu em um cano de esgoto próximo ao Rio Tietê. Ele calculou ter ficado cerca de 12 horas no local. "Quando vi que o pessoal não estava perto, eu saí. Tenho indícios de que eles estavam perto. Eu ouvia as vozes."
Ele contou que saiu a pé do cano de esgoto e seguiu até a casa do pai.
"Quero dizer a todo o Brasil que o que eu fiz foi uma atitude errada. É melhor se prevenir e colocar câmera em casa para não ter esse tipo de paúra, esse medo de morrer."
Costa afirmou que bebeu apenas duas cervejas antes de sair de casa dirigindo e negou que tenha utilizado drogas, apesar de admitir já ter sido usuário. Ele também disse que nunca teve nenhum problema psiquiátrico e que apenas fez "terapia".
No fim da entrevista, pediu perdão às vítimas da fuga alucinada. "Quero dizer a todas as pessoas que passaram pelo perigo da minha fuga, perdão. Foi uma atitude muito errada."
O delegado responsável pelo caso, Marcos Antônio Manfrin, do 26º Distrito Policial, disse acreditar que o administrador tenha tido um "surto psicótico". "Aparentemente não há motivação, a não ser um surto", afirmou. O policial acrescentou que ao menos 20 tiros foram disparados.
Segundo o delegado, foi encontrada uma pequena quantidade de maconha na residência de Costa. Ele disse que Costa será interrogado nesta quinta pela manhã e que testemunhas serão chamadas para fazer o reconhecimento. O administrador será indiciado por quatro tentativas de latrocínio, tentativas de homicídio que não foram quantificadas ainda, disparos de arma de fogo e lesões corporais.
A namorada de Costa prestou depoimento na segunda. Ela o descreveu como uma pessoa fechada, com poucos amigos, quase nenhum contato com a família e que não trabalhava.
Administrador de empresas se entrega em São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1) |
Ele chegou junto com seu advogado e com a namorada por volta das 20h15 no 26º Distrito Policial, no Sacomã.
Costa afirmou que não tentou matar ninguém. Segundo ele, os tiros não foram disparados na direção das pessoas, mas nas maçanetas dos veículos. "Estava em fuga e pedia para as pessoas saírem do carro. Eu falava: 'sai, sai'. E elas não saíam. Eu atirava na fechadura para abrir o carro", afirmou.
Segundo as investigações, ele bateu em pelo menos dois carros e um ônibus, baleou um homem na barriga e feriu outro de raspão.
Costa afirmou que saiu de casa após seus cães latirem e ele pensar que haviam invadido sua casa. "Eu desci para pegar minhas coisas, para bater em fuga, para preservar minha vida. Nesse momento, fui pegar minha carteira, meu celular e eles tinham desaparecido. Só estavam lá a chave e o controle da garagem." Ele contou que já estava com a arma na cintura e o colete à prova de balas.
O administrador, que chegou de sandálias, bermuda e vários ferimentos pelo corpo, contou que já haviam jogado pedras em sua casa. E afirmou que por conhecer bem seus cachorros sabia que algo de errado estava contecendo. Ele disse que achava que estava sendo seguido por vizinhos. "Não estou imputando a eles a culpa. Eu não vi ninguém, ouvi só o barulho e os cães latindo", disse.
Costa afirmou que após parar o último carro roubado ainda sentia estar sendo perseguido e, por isso, se escondeu em um cano de esgoto próximo ao Rio Tietê. Ele calculou ter ficado cerca de 12 horas no local. "Quando vi que o pessoal não estava perto, eu saí. Tenho indícios de que eles estavam perto. Eu ouvia as vozes."
Ele contou que saiu a pé do cano de esgoto e seguiu até a casa do pai.
Costa apareceu na delegacia com ferimentos na perna (Foto: Paulo Toledo Piza/G1) |
Costa afirmou que bebeu apenas duas cervejas antes de sair de casa dirigindo e negou que tenha utilizado drogas, apesar de admitir já ter sido usuário. Ele também disse que nunca teve nenhum problema psiquiátrico e que apenas fez "terapia".
No fim da entrevista, pediu perdão às vítimas da fuga alucinada. "Quero dizer a todas as pessoas que passaram pelo perigo da minha fuga, perdão. Foi uma atitude muito errada."
O delegado responsável pelo caso, Marcos Antônio Manfrin, do 26º Distrito Policial, disse acreditar que o administrador tenha tido um "surto psicótico". "Aparentemente não há motivação, a não ser um surto", afirmou. O policial acrescentou que ao menos 20 tiros foram disparados.
Segundo o delegado, foi encontrada uma pequena quantidade de maconha na residência de Costa. Ele disse que Costa será interrogado nesta quinta pela manhã e que testemunhas serão chamadas para fazer o reconhecimento. O administrador será indiciado por quatro tentativas de latrocínio, tentativas de homicídio que não foram quantificadas ainda, disparos de arma de fogo e lesões corporais.
A namorada de Costa prestou depoimento na segunda. Ela o descreveu como uma pessoa fechada, com poucos amigos, quase nenhum contato com a família e que não trabalhava.